Missão da CDHM nas áreas Guarani-Kaiowá encontra “um quadro de pobreza, miséria e tristeza, mas um povo valente e carinhoso”
O grupo vai visitar outras áreas antes de retornar no dia 2 de junho, de madrugada. O deputado Paulo Pimenta (PT-RS), presidente da CDHM e coordenador da missão oficial, disse ter encontrado “muita pobreza, miséria e tristeza, mas um povo valente e carinhoso”. São cerca de 45 mil Guarani-Kaiowá no Mato Grosso do Sul.
Pela Câmara dos Deputados, participam da missão oficial, além do presidente e de assessores da CDHM, o deputado Zeca do PT (PT-MS). Também integram a comitiva representantes da Fundação Nacional do Índio (FUNAI), Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, do Ministério Público Federal, do Conselho Indigenista Missionário, do Conselho Nacional de Direitos Humanos e da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República.
O deputado Paulo Pimenta lembra que este é “um povo historicamente vitimizado por ditaduras e pela agressividade do agronegócio sem limites e sem escrúpulos. No Estado Novo foram confinados junto com outros povos indígenas em reservas insuficientes para viver. Com o Golpe de 1964, veio a Ditadura que matou e prendeu numerosas lideranças. Depois da redemocratização, continuaram a ocorrer casos de mortes, estupros, escravidão, torturas, envenamento dos rios, entre outras mazelas.
Pela avaliação in locu do presidente da CDHM, a situação desses povos brasileiros nativos “é insustentável face à Constituição e aos compromissos internacionais do País. A partir da experiência dessa missão oficial e dos nossos estudos sobre a questão, vamos propor ao Legislativo, Judiciário e Executivo soluções alinhadas com os princípios dos direitos humanos”, anunciou.