Exposição 21 dias de ativismo 2024
Violência contra a mulher.
Seu silêncio só protege o agressor, denuncie!
A violência de gênero é qualquer ato de violência ou abuso direcionado a uma pessoa com base em seu gênero/sexo, que causa dano físico, sexual, psicológico ou econômico. Ela inclui agressões físicas, ameaças, coerção e discriminação e ocorre tanto em ambientes privados quanto públicos, afetando majoritariamente mulheres.
Mundo
Cerca de **1 em cada 3 mulheres** (aproximadamente 30%) no mundo já sofreu violência física e/ou sexual por parte de um parceiro íntimo ou violência sexual por não parceiros ao longo da vida (OMS).
Aproximadamente **27%** das mulheres entre 15 e 49 anos já experimentaram violência física e/ou sexual por parte de um parceiro íntimo (OMS).
Brasil
A cada **8 minutos**, uma mulher é estuprada no Brasil, segundo o mesmo relatório. Em 2022, foram registrados **66.020 casos de estupro** (dados de segurança pública).
Em 2022, o Brasil registrou **1.410 casos de feminicídio**, representando um aumento em relação ao ano anterior. Isso significa que, em média, **uma mulher foi morta a cada 6 horas** devido à violência de gênero.
Painel 1.
Violência Política de Gênero: a maior vítima é a democracia
Qualquer ação, conduta ou omissão que vise impedir ou restringir os direitos políticos das mulheres. Também é crime qualquer ação que menospreze ou discrimine sua condição, cor, raça ou etnia, com a finalidade de impedir ou dificultar a sua campanha eleitoral ou o desempenho de seu mandato eletivo.
O primeiro caso julgado de violência política contra a mulher com base na Lei n. 14.192/2021 foi registrado na cidade de Pedreiras/MA. O caso ocorreu na Câmara Municipal, onde um vereador arrancou o microfone das mãos de uma colega enquanto ela discursava.
Candidata a vice-prefeita denunciou, por meio das suas redes sociais, que foi estuprada por um homem, após uma reunião política no dia anterior.
Apenas 7% das representações de violência política de gênero foram convertidas em denúncias criminais pelo Ministério Público entre 2021/2023.
Em média, 6 representações de violência política de gênero foram protocoladas por mês neste mesmo período.
Fonte: https://www.alziras.org.br/
CASOS
Ministro chama parlamentar de descontrolada, além de descredibilizá-la.
Deputada estadual foi vítima de assédio durante uma sessão da Assembleia Legislativa quando o deputado se aproximou por trás e levou a mão direita ao seio da deputada. Mesmo quando ela reage e o afasta, o deputado volta a tentar contato físico. O ato aconteceu na frente do presidente da Assembleia.
Falas dirigidas a uma candidata à prefeita.
"Tu é patricinha mimada, poderia estar comprando bolsa no shopping."
Se eu fosse abrir a boca, eu não acabaria com a carreira, mas com tua vida.
Se você está com essa agenda tão cheia assim, com filho pequeno, etc. Como quer ser prefeita de uma capital?
Painel 2.
Violência à gestante: Violação de Direitos no Parto
A violência obstétrica é o desrespeito à mulher, seu corpo e seus processos reprodutivos. A violência obstétrica, diz o material, pode ocorrer na gestação, no parto e no pós-parto. Além da mulher, a conduta pode ocorrer com o bebê e com seus familiares, podendo causar danos físicos, psicológicos e sexuais.
1 em cada 4 mulheres sofre algum tipo de violência durante o parto. Muitas delas não conseguem identificar que foram submetidas à violência e, portanto, não denunciam.
Mulheres pretas enfrentam quase o dobro de risco de morte do que mulheres brancas e pardas.
Estatísticas
Uma em cada quatro mulheres sofre algum tipo de violência durante o parto. Muitas delas não conseguem identificar que foram submetidas a violências e, portanto, não denunciam.
Depoimentos
Ela foi anestesiada contra sua vontade, tendo de ouvir a declaração do médico de que "não era índia para aguentar um parto sem tomar nada". Também foi amarrada, submetida à episiotomia e separada do marido por várias horas.
Infelizmente, sua filha não resistiu ao parto.
Ela teve as pernas amarradas com pedaços de pano. Ela pediu para o médico desamarrar as pernas dela, mas o médico deixou a sala de parto e disse que iria almoçar”. Os dois bebês nasceram já sem vida.
“Eu vomitei, desmaiei. Foi uma sensação muito ruim. Eu não estava tendo cuidados médicos. Eu queria um profissional que dissesse pra mim o que estava acontecendo.
Fui ficando apenas com a dor. Eu estava exausta, desorientada, desmaiando. Foi um sofrimento muito grande. Eu não tive forças para reclamar de nada. Achava que ia morrer de tanta dor. A enfermeira falou para mim algo que me marcou bastante: ‘mãezinha, a dor só vai passar quando você tiver o seu bebê’. Mas eu não tinha mais forças”.
GRANDE PARTE DESSAS MORTES PODERIA TER SIDO EVITADA
Painel 3.
Feminicídio
Em 2022, o Brasil registrou 1.410 casos de feminicídio, o que significa que, em média, uma mulher foi morta a cada 6 horas por ser mulher.
A maioria das vítimas de feminicídio são mulheres jovens, muitas vezes entre 20 e 40 anos
A maior parte dos crimes ocorre no ambiente doméstico, cometido por parceiros íntimos (maridos, ex-companheiros, namorados).
Aproximadamente 30% das mulheres que sofreram feminicídio haviam denunciado violência anteriormente.
VOCÊ PODE SALVAR VIDAS!
Painel 4.
Violência Doméstica
Mais de 380 mil casos foram registrados em apenas 5 meses de 2024.
Mais de 50 mil mulheres sofrem com violência todos os dias. 53,8% acontecem dentro de casa. 65,6% são mulheres negras.
A maior parte dos casos são cometidos por parceiros íntimos.
DENUNCIE! 190
Painel 5.
Violência Sexual
Estupro
Aproximadamente 61% dos casos registrados foram de estupro de vulneráveis (vítimas menores de 14 anos ou pessoas incapazes de consentir), revelando uma alta incidência de violência contra crianças e adolescentes.
A faixa etária mais atingida é de 10 a 14 anos, representando cerca de 40% das vítimas.
Segundo estimativas do Ipea, apenas 10% dos casos de estupro são realmente reportados às autoridades.
NÃO PODEMOS MAIS CALAR DIANTE DA DOR!
__________________________________________________________________
Painéis da exposição para download
___________________________________________________________________
Fontes
https://www.gov.br/mulheres/pt-br/central-de-conteudos/noticias/2024/abril/relatorio-anual-socioeconomico-da-mulher-volta-a-ser-publicado-apos-quatro-anos
https://jornal.usp.br/diversidade/falta-de-defensoras-negras-afeta-desdobramentos-raciais-em-casos-de-violencia-domestica/
https://www.senado.leg.br/institucional/datasenado/mapadaviolencia/#/inicio
https://www.gov.br/mdh/pt-br/assuntos/noticias/2022/eleicoes-2022-periodo-eleitoral/brasil-tem-mais-de-31-mil-denuncias-violencia-contra-as-mulheres-no-contexto-de-violencia-domestica-ou-familiar
https://apidspace.forumseguranca.org.br/server/api/core/bitstreams/2ab2724e-72a3-454c-ba6b-382f676859a7/content
https://www.ipea.gov.br/atlasviolencia/arquivos/artigos/7868-atlas-violencia-2024-v11.pdf
ttps://www.defensoria.ce.def.br/noticia/mulher-denuncia-violencia-obstetrica-em-hospital-de-fortaleza-defensoria-publica-acompanha-o-caso/