Ministro da Fazenda discute cenário econômico em audiência pública

O Ministro Joaquim Levy compareceu à Câmara dos Deputados no último dia 29 para discutir as medidas do ajuste fiscal
30/04/2015 16h31

Melina Fleury

Ministro da Fazenda discute cenário econômico em audiência pública

O Ministro da Fazenda, Senhor Joaquim Levy, participou ontem (29) de audiência pública promovida pela Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público, em conjunto com as comissões de Finanças e Tributação; e de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio. O Ministro compareceu à Câmara dos Deputados para prestar esclarecimentos a respeito do ajuste fiscal e do cenário político-econômico do Brasil.

Levy defendeu o ajuste fiscal e afirmou que é essencial para que o país volte a crescer. “Se a gente não tiver equilíbrio fiscal, não haverá crescimento”, explicou. Segundo ele, o ajuste prevê corte de gatos, redução de renúncias e aumento de produtividade. Afirmou que essa é a maneira de manter o aumento dos salários.

O Presidente da CTASP, Deputado Benjamin Maranhão, criticou as medidas provisórias 664/14 e 665/14, que alteram regras para obtenção de benefícios previdenciários e trabalhistas. “Vemos os que mais precisam pagando o preço de desajustes que foram cometidos ao longo do tempo”, comentou. De acordo com o Deputado, as medidas estão causando inquietação e até mesmo sofrimento a grande parte dos trabalhadores. Criticou, ainda, a questão da rotatividade de pessoas em um mesmo cargo. “A rotatividade no Brasil acontece por falta de qualificação de mão de obra”, concluiu, acrescentando que deve ser feita uma capacitação da mão de obra efetiva.

O Ministro Joaquim Levy pediu que os deputados aprovassem as MPs que tratam do ajuste fiscal e afirmou que elas reforçam os direitos dos trabalhadores, e não o contrário, como questionado por parlamentares. “As medidas são para proteger o emprego e abrir caminho para o desenvolvimento”, esclareceu.  Além disso, o governo estima que as MPs 664 e 665 reduzam as despesas sociais em R$ 18 bilhões.

Questões como o aumento do desemprego e da taxa de juros, e redução do Produto Interno Bruto Brasileiro foram recorrentes entre os deputados presentes. O Ministro voltou a ressaltar que o ajuste fiscal visa o crescimento e prevê um aumento de 1% no PIB de 2016.