A Subcomissão de Armas e Munições da Câmara, a ONG Viva Rio e a Secretaria Nacional de Segurança Pública do Ministério da Justiça divulgam hoje o Ranking dos Estados no Controle de Armas - levantamento inédito que traça o desempenho das 27 unidades da Federação no controle de armamentos e munição e no combate ao tráfico ilegal.

Trata-se do primeiro estudo do desempenho do poder público nessa área após a aprovação do Estatuto do Desarmamento. A pesquisa, que levou em conta um universo de 238 mil armas apreendidas no País durante os últimos dez anos, aponta os estados que mais têm avançado no combate ao tráfico ilegal de armas e aqueles que menos tem cumprido o estatuto.

O número de armas apreendidas durante as campanhas de desarmamento também pesou na elaboração do ranking. Além disso, a pesquisa revela os tipos de armas apreendidas, os locais e circunstâncias das apreensões, as informações recolhidas sobre elas, a quantidade e especificação do armamento recolhido durante as campanhas de desarmamento voluntário e o número de armas recadastradas na atual campanha.

A pesquisa teve início em outubro de 2008 e já apresenta um relatório preliminar. O trabalho seguirá até fevereiro de 2010, quando será apresentado o resultado final do levantamento. O estudo também visa rastrear o caminho percorrido pelas armas ilegais e identificar os principais canais utilizados por traficantes e contrabandistas. Já foi possível identificar, por exemplo, que grande parte das armas apreendidas com criminosos tiveram origem legal, tendo sido compradas em lojas especializadas ou desviadas do arsenal de forças policiais.

O ranking é resultado da pesquisa Mapeamento do Tráfico Ilegal de Armas no Brasil e foi coordenada por Pablo Dreyfus, especialista da ONG Viva Rio desaparecido no recente acidente com o avião da Air France. O relatório preliminar desse trabalho será apresentado às 11 horas desta quinta-feira, no Plenário 16, pelo presidente da Subcomissão de Armas e Munições da Câmara, deputado federal Raul Jungmann (PPS-PE), e pelo coordenador do projeto, Antônio Rangel Bandeira, da ONG Viva Rio.

Fonte: Agência Câmara
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