Segurança pede informações sobre 'embaixador' das Farc
A Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado aprovou na quarta-feira (3) pedido de informações ao ministro da Justiça, Tarso Genro, sobre o acompanhamento das atividades desenvolvidas pelo ex-padre colombiano Olivério Medina no Brasil. O requerimento foi apresentado pelo presidente da comissão, deputado Raul Jungmann (PPS-PE). Os ministros são obrigados a responder os requerimentos de informação no prazo de 30 dias, conforme a Constituição (art. 50, parágrafo 2º).
Medina vive no Brasil desde 1997 e ganhou a condição de refugiado político em 2006. Hoje é casado com uma brasileira e tem uma filha nascida aqui. Ele é conhecido como embaixador das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) no Brasil.
Recentemente, após confirmar participação em audiência pública na Comissão de Relações Exteriores da Câmara sobre o assunto, o ex-padre voltou atrás e cancelou sua presença. De acordo com Jungmann, que havia proposto a audiência, ao se recusar a comparecer à Câmara, Medina perdeu "uma ótima oportunidade de esclarecer episódios que põem em dúvida a condição de refugiado concedido pelo governo brasileiro".
O parlamentar lembra que uma das principais acusações feitas contra Medina na Colômbia é que ele teria comandado um ataque a uma unidade do Exército, em 1991, ocasião em que dois militares foram mortos e outros 17, seqüestrados. Além disso, o ex-padre também é acusado por terrorismo, assassinato, seqüestro e extorsão em seu país.
Fonte: Agência Câmara
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