PRF: 1.500 policiais fiscalizam 63 mil km de rodovias

24/04/2008 12h35

O diretor-geral interino da Polícia Rodoviária Federal (PRF), José Altair Gomes Benites, reclamou há pouco da falta de policiais para fiscalizar os 63 mil quilômetros de rodovias federais no Brasil. Segundo ele, quando se contam folgas, férias e escalas, a instituição dispõe de cerca de 1.500 policiais por dia em todo o País.

Benites informou que o atual contigente da PRF é de 9.500 policiais. Em 1988, esse número era 10.100. Por outro lado, cresceu a frota brasileira, que passou de 13 milhões de veículos, em 1990, para 53 milhões.

O diretor participa, na Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado, de audiência pública sobre a situação da fronteira na rota do tráfico e do contrabando no Brasil.

Mato Grosso
Na reunião, o coordenador do Grupo Especial de Fronteira (Gefron) de Mato Grosso, tenente-coronel Celso Henrique Souza Barboza, também reclamou da carência de efetivos na fiscalização e da ausência de aduana na fronteira. No caso em que atua - na fronteira de Mato Grosso com a Bolívia -, ele disse ainda que falta compromisso das autoridades bolivianas e que se convive com a corrupção policial. Segundo Barboza, o Gefron trabalha com apenas 97 policiais militares para fiscalizar os 983 quilômetros de fronteira entre aquele estado e a Bolívia.

Apesar das dificuldades, o número de apreensões cresceu. Conforme informou Barboza, em 2007 foram apreendidos 436 quilos de pasta-base de cocaína. Em 2008, até 15 de abril, foram apreendidos 189 quilos.

O número de armas apreendidas subiu de 4, em 2007, para 9, em 2008. No caso das munições, foram apreendidas 38 em 2007, contra 125 neste ano.

Mato Grosso do Sul
Em Mato Grosso do Sul, a Polícia Federal também constatou um aumento dos casos de crimes violentos, principalmente de homicídios na fronteira com o Paraguai. Foi o que informou o diretor de Combate ao Crime Organizado da PF, Roberto Ciciliati Troncon Filho, sem citar números. Segundo ele, esse aumento se deve principalmente à rivalidade entre traficantes.

Já em Mato Grosso, informou, existem suspeitas da arregimentação de integrantes de movimentos populares de reforma agrária para o narcotráfico.

Fonte: Agência Câmara