Os profissionais que participaram do trabalho de reconhecimento das vítimas do acidente com o avião da Gol, em setembro do ano passado, explicaram há pouco como foi feito o trabalho. O diretor do Instituto Médico-Legal do Distrito Federal, José Flávio de Souza Bezerra, destacou a importância dos peritos no local do acidente e disse que, das 154 vítimas, 126 foram identificadas pelas impressões digitais.

O diretor-adjunto do DNA Forense da Polícia Civil do DF, Aluisio Trindade Filho, afirmou que, em casos de desastres coletivos como esse, o grande desafio para os peritos é conseguir aliar velocidade e segurança no processo de identificação. Ele explicou que a principal preocupação dos profissionais que estavam no local do acidente era preservar a identificação dos corpos. Aluisio Filho informou que foram coletadas digitais em todas as vítimas em que o procedimento foi possível e amostras de DNA de todas as vítimas, mesmo nas que era possível identificar pelas digitais.

José Bezerra e Aluisio Filho participam do 2º Fórum de Papiloscopia, na Câmara.

Sistema único
Na abertura do evento, o presidente da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado, deputado João Campos (PSDB-GO), destacou a importância do reconhecimento desses profissionais e a necessidade de implementar um sistema único de identificação no País.

Já o presidente da Federação Nacional de Peritos Papiloscopistas (Fenappi), Luiz Antonio Oliveira Barbosa, reclamou que em alguns estados os papiloscopistas são reconhecidos como peritos, em outros não e ele pediu que a Câmara aprove o Projeto de Lei 6912/06, que reconhece os papiloscopistas como peritos oficiais.

Barbosa disse ainda que, aos poucos, a sociedade começa a conhecer o trabalho desenvolvido por esses profissionais que, além de fazerem a identificação pelas impressões digitais, fazem perícias em cadáveres e retratos falados.

O fórum está sendo realizado no plenário 2.

Fonte: Agência Câmara
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