ONG: fábrica que emprega ex-presos ainda não é competitiva

11/09/2007 18h20

A diretora da organização não-governamental (ONG) Fábrica Esperança, de Belém (PA), Anna Claudia Lins Oliveira, disse há pouco que a fábrica - que produz uniformes, malharia e bolas futebol - ainda não é competitiva no mercado, pois tem de lidar com as faltas dos egressos de presídios ao trabalho, com os problemas com drogas e com a falta de cultura de trabalho existente no sistema prisional. Para resolver essas situação, ela informou que a ONG investe em assistência multidisciplinar.

Anna Claudia Lins Oliveira também destacou que os trabalhadores têm carteira assinada e recebem R$ 400 por mês. A fábrica paga todos os encargos trabalhistas, tendo sido, inclusive, auditada pela Delegacia Regional do Trabalho.

Segundo a diretora, além de capacitar profissionalmente os egressos a proposta da fábrica é permitir uma ampla discussão sobre os aspectos da cidadania. "Não encaramos o egresso como mão-de-obra descartável", destacou.

Anna Claudia participa do seminário "A Execução Penal Brasileira e a Ressocialização de Presos e Egressos", promovido pela Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado. Neste momento, o tema debatido é "A Busca pela Ressocialização: Conhecendo Parceiros e Atividades Desenvolvidas".

O evento continua no auditório Nereu Ramos.

Fonte: Agência Câmara
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