Mendonça Prado lamenta assassinato da juíza Patrícia Acioli
O deputado Mendonça Prado (DEM/SE), presidente da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado (CSPCCO) da Câmara dos Deputados, lamentou o assassinato na madrugada desta sexta-feira (12) da juíza Patrícia Acioli e afirmou que a CSPCCO também quer a participação da Polícia Federal na investigação desse crime.
De acordo com fontes da polícia, a magistrada, que levou 16 tiros na porta de casa em Niterói, estava em uma lista de marcados para morrer. Nos últimos dez anos a juíza foi responsável pela prisão de cerca de 60 policiais ligados a milícias e a grupos de extermínio.
“Trata-se da mais clara demonstração de enfrentamento dos marginais contra o Estado brasileiro. Os agentes públicos, em nome da sociedade, não podem admitir a violência que está acontecendo em nosso país e essa ousadia desacerbada dos bandidos que perderam completamente o respeito em relação ao Estado, em função da fragilidade da segurança pública brasileira”, afirmou o presidente da CSPCCO.
Para o parlamentar sergipano, é preciso elucidar e punir exemplarmente os criminosos para que não haja uma crescente sensação de insegurança entre os brasileiros. “No Brasil, durante um ano se morre mais gente do que na maioria dos conflitos mundiais e, agora, com mortes como de uma magistrada que sempre decidiu contra os criminosos, fica evidente a completa ineficiência do combate à violência”.
Mendonça Prado disse que na próxima semana irá designar um grupo de trabalho, constituído de parlamentares membros da CSPCCO, para acompanhar de perto as investigações a fim de posteriormente elaborar propostas que indiquem uma melhor proteção aos juízes. Entre os integrantes da comitiva, o presidente da Comissão de Segurança irá indicar o deputado Delegado Protógenes (PCdoB/SP), Fernando Francischini (PSDB/PR), Alessandro Molon (PT/RJ) e João Campos (PSDB/GO).
“Não podemos admitir que magistrados e promotores se tornem alvos fáceis de marginais que não querem o fortalecimento do Estado brasileiro. É preciso dar condições de trabalho e proteção aos que denunciam e julgam de forma corajosa, sem permitir qualquer tipo de retaliações por parte dos criminosos”, finalizou o parlamentar.
Por Izys Moreira - Assessoria de Imprensa