O diretor superintendente da Associação Brasileira de Indústria Têxtil e de Confecção (Abit-São Paulo), Fernando Pimentel, ressaltou há pouco a importância desse setor na geração de empregos e os prejuízos que as indústrias têxteis têm com o contrabando. Ele participa de audiência pública sobre o assunto promovida pelas comissões de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado; de Finanças e Tributação; e de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio.

Pimentel disse que o setor têxtil no Brasil é composto por 30 mil empresas e gera 1 milhão de empregos, o que eqüivale a 14% dos empregos gerados na indústria de maneira geral. O setor têxtil, segundo ele, só perde para o de alimentos na geração de postos de trabalho.

Dentro do setor têxtil, Pimentel explicou que o setor de vestuário é o mais sensível às importações "desleais", ou seja, proveniente de países cujas condições de mão-de-obra são diferentes das do Brasil.

Nos dois últimos anos, a importação do setor de vestuário quase duplicou. Passou de 28 mil toneladas em 2005 e deve atingir 44 mil toneladas neste ano. Só a China, em 2006, registrou a exportação de 36 mil toneladas para o Brasil. O País, no entanto, só registrou a entrada de 21 mil toneladas. Pimentel explicou que essa diferença corresponde às entradas ilegais de produtos. Em 2006, esse contrabando representou prejuízo de R$ 208 milhões para o setor de vestuário, além da perda de 17 mil empregos.

Além do diretor da Abit-São Paulo, estão presentes na audiência:
- o coordenador-geral de Polícia Fazendária do Departamento de Polícia Federal, delegado Joaquim Mesquita;
- o diretor de Relações Institucionais da Associação Comercial e Industrial de Novo Hamburgo (RS), Marco Kirsch;
- o coordenador especial de vigilância e repressão da Secretaria da Recita Federal, Mauro Brito; e
diretor do departamento de operações de comércio exterior da Secretaria de Comércio Exterior, Arthur Jorge de Jesus Pimentel.

Fonte: Agência Câmara
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