Os generais Sérgio Lineu Vasconcelos Rosário e Juarez Genial, que chefiavam a área de segurança dos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro e foram demitidos no dia 13 de abril, defenderam o modelo de segurança proposto para a competição. No entanto, Genial disse ter dúvidas quanto à sua execução. Os militares manifestaram-se sobre a segurança do Pan durante audiência realizada nesta quarta-feira pela Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado, para esclarecer os motivos da demissão da equipe encarregada da segurança dos Jogos.

Em resposta ao deputado Marcelo Itagiba (PMDB-RJ), o general Rosário disse não saber a razão de sua demissão e de Genial da chefia e supervisão da segurança dos jogos. De acordo com ele, no documento de sua demissão, o presidente do comitê organizador assinala apenas que havia terminado o período de planejamento e que a Secretaria Nacional de Segurança Pública ficaria responsável pelo trabalho dali em diante.

No entanto, Genial afirmou que, antes de serem demitidos pelo Comitê Organizador dos Jogos Pan-Americanos (CO-Rio), o trabalho de planejamento da segurança dos jogos ainda não estava concluído, porque faltavam detalhes para a execução do projeto. Rosário disse que o planejamento de segurança foi bem feito e cumpriu o prazo determinado. Ele disse ainda que sabia da possibilidade de ser demitido a qualquer hora, mas que não se sentiu bem com o afastamento.

Comando único
Os militares também ressaltaram que as forças de segurança nos Jogos Pan-Americanos deveriam ter um comando único. No entanto, Genial disse acreditar que a proposta não será seguida. Segundo o general, a sugestão constava do planejamento de segurança dos jogos elaborado por ele e Rosário.

O presidente da comissão, deputado João Campos (PSDB-GO), questionou quais seriam as dificuldades para adoção do comando único. Genial acredita que sua implementação seria viável nos jogos do Rio. Ele destacou que, no caso da visita do papa Bento 16 a Aparecida (SP), está sendo adotado um comando único para a segurança.


Fonte: Agência Câmara
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