Deputados dos EUA querem cooperação com Comissão de Segurança
Deputados do Comitê de Segurança Interna da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos estiveram reunidos nesta quinta-feira com integrantes da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado da Câmara dos Deputados. Por duas horas, os parlamentares trocaram experiências e, segundo o presidente do comitê norte-americano, deputado Bennie Thompson, a intenção é iniciar uma cooperação com deputados de outros países em temas comuns como terrorismo e o tráfico de armas, drogas e pessoas.
Thompson avaliou que os parlamentares brasileiros estão alerta para as questões importantes nessa área, e acredita que o diálogo poderá fortalecer as duas nações. Terroristas podem se aliar a esquemas de lavagem de dinheiro e tráfico de drogas e, nessas áreas, ele avaliou que o Brasil tem dado respostas efetivas. "Não trouxemos uma solução pronta, os deputados brasileiros saberão o que é melhor para seus eleitores. O que queremos é encontrar temas comuns para nos mantermos à frente dos criminosos", disse.
Na opinião do vice-presidente da comissão brasileira, deputado Raul Jungmann (PPS-PE), o encontro, que ocorreu em sessão reservada, marcou uma mudança de enfoque. "Os deputados queriam ouvir sobre nossas experiências, e nada de trazer uma receita pronta", avaliou.
Terrorismo
Segundo Jungmann, o tema do terrorismo dominou os debates - o Comitê de Segurança Interna foi criado na Câmara dos EUA em 2002, logo após os ataques terroristas de 11 de setembro. "O Brasil é um país grande e receptivo, um lugar no qual os terroristas podem ver uma oportunidade", explicou Bennie Thompson sobre o interesse no tema.
O deputado João Campos (PSBD-GO), que também participou da reunião, ressaltou que a experiência dos norte-americanos no combate ao terrorismo pode ser importante, uma vez que vêm lidando com o problema há algum tempo. Campos, que foi delegado de polícia, avalia que no caso de tráfico de armas, pelo contrário, a legislação brasileira é mais restritiva e iniciativas podem ser aproveitadas por lá. "Eles estão tendo problemas com isso, e nossa experiência é positiva", disse.
Fonte: Agência Câmara
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