Comissão de Segurança delibera sobre alimentação especial do preso

“Parcela considerável de nossa população carcerária padece de doenças crônicas, algumas mais graves, outras menos graves, mas todas exigindo uma alimentação adequada, de modo a preservar a sanidade física do detento", afirmou a relatora do PL na CSPCCO, deputada Dalva Figueiredo.
26/10/2011 05h00

Leonardo Prado

Comissão de Segurança delibera sobre alimentação especial do preso

Dep. Dalva Figueiredo (PT-AP)

A Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado (CSPCCO) da Câmara dos Deputados aprovou o parecer do Projeto de Lei n.º 1.249/11, que dispõe sobre alimentação especial do preso, na forma do texto apresentado pela relatora, deputada Dalva Figueiredo (PT/AP).

De autoria da deputada Erika Kokay (PT/DF), a proposta pretende garantir alimentação especial aos detentos com prescrição médica, acrescentando o benefício no artigo 41 da Lei n.º 7.210/84. Em seu projeto, a parlamentar salienta as condições precárias a que estão submetidos os detentos no Brasil.

“Proponho modificação na Lei de Execução Penal, a fim de estabelecer a obrigatoriedade de fornecer alimentação especial aos detentos que, por prescrição médica, devem ter uma dieta diversa dos demais presos, a fim de que se possa garantir o cumprimento dos preceitos constitucionais relativos à dignidade, à saúde e à vida da pessoa que cumpre pena”, justificou a autora.

A relatora da CSPCCO defendeu integralmente a proposta da autora. “Parcela considerável de nossa população carcerária padece de doenças crônicas, algumas mais graves, outras menos graves, mas todas exigindo uma alimentação adequada, de modo a preservar a sanidade física do detento. São patologias que vão desde a infecção pelo HIV, passando pela hepatite C, diabetes, hipertensão e todas as outras que poderão ser elencadas e que estão a exigir uma ação do Estado que, sem significar leniência no que tange às condições do cumprimento da pena, tem o poder-dever de preservar a saúde do preso que está confiado à sua guarda”, afirmou Dalva Figueiredo.

Após o parecer da CSPCCO, o projeto será submetido à apreciação da Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC). A proposta está sujeita à apreciação conclusiva pelas Comissões.

Por Izys Moreira - Assessoria de Imprensa da CSPCCO