A Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado apresentou nesta quinta (14/08) o relatório do grupo parlamentar que acompanhou as investigações sobre a morte de três jovens no Morro da Providência, no Rio de Janeiro. Os jovens foram assassinados em junho, depois de terem sido entregues por militares a traficantes. O relatório também trata da atuação do Exército no local. O grupo conversou com representantes do Judiciário, do Ministério Público, do Exército e dos moradores do Morro da Providência, além de parentes dos jovens assassinados.

A comissão, formada pelos deputados Raul Jungmann (PPS-PE), presidente da comissão, Antônio Carlos Biscaia (PT-RJ) e Jair Bolsonaro (PP-RJ), teve Biscaia como relator. Sobre as conclusões dos relatório Jungmann falou dos abusos do exército."Houve exploração do trabalho desenvolvido pelo Exército e utilização política. Para que isso não ocorra, é fundamental que se regulamente o uso das Forças Armadas em situações como essas", afirmou o deputado.

Sobre os próximos passos da comissão, Jungman afirmou que um grupo de trabalho vai apresentar, depois do recesso, uma regulamentação do que se chamará GLO (Garantia da Lei da Ordem). "Quando a segurança de determinado estado não tem condições de manter a ordem, pode solicitar as Forças Armadas. Essa GLO nunca foi devidamente e precisamente regulamentada", explicou o deputado sobre a determinação.

Fonte: Correio Brasiliense