Brasil deve se cuidar para não ter terrorismo, diz general

21/08/2007 16h00

O general Alberto Cardoso, ex-ministro-chefe do Gabinete Militar da Presidência da República, disse há pouco que o Brasil deve tomar cuidado para "não importar um terrorismo que não é nosso, pois já basta o que já existe aqui". Ao citar os casos de ataques de organizações criminosas ligadas a presidiários em São Paulo, como o PCC, ele disse que o combate ao terrorismo deve se apoiar em ações de inteligência, com "o cuidado político forte de não transformar o País em alvo do ressentimento internacional, que hoje não está dirigido contra o Brasil."

Alberto Cardoso participa da audiência pública promovida pela Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado para avaliar os instrumentos de que dispõe o Estado brasileiro para eventual combate a ações terroristas.

O general Marco Aurélio Costa Vieira, chefe de gabinete do Estado Maior do Exército, afirmou que o Exército é capaz de atuar no comando anti-terrorismo. Entretanto, o subprocurador-geral da República Eugênio de Aragão declarou que não se deve confundir terrorismo com o crime organizado, que tem fins diferentes. Ele destacou que pode haver o risco de "atuação desproporcional" das Forças Armadas.

Falta de legislação
O deputado Raul Jungmann (PPS-PE), que preside a reunião, disse não haver legislação nacional ampla sobre o combate ao terrorismo. Em sua opinião, se o Brasil não tomar providências, "os conflitos do mundo virão até o País".

Fonte: Agência Câmara
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RCA