Autoras destacam a importância da educação no combate ao Bullying
Autoras de publicações infanto-juvenis destacam a importância da educação no combate ao Bullying. O Seminário "Políticas Públicas Antibullying" promovido pela Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado (CSPCCO) da Câmara dos Deputados continua acontecendo no Plenário 06 do Anexo II.
O quarto painel trata dos “Livros e trabalhos publicados na área”. A primeira palestra foi apresentada pela autora dos livros "A História da Menina e o Medo da Menina" e "O Menino e a Mãe do Menino", doutora pelo Instituto de Psicologia da USP e professora da UNICAMP, Luciene Tognetta. “Precisamos de educadores que sejam pesquisadores, que entendam de desenvolvimento urbano para poderem intervir no Bullying”, afirmou.
Luciene Tognetta explicou os atos de violência do Bullying sob o aspecto da psicologia moral. Para ela, o problema pode ser resolvido através de medidas educacionais e mudanças de comportamentos. No que se refere à vítima: pela busca da superação dos medos; pelo enfrentamento da própria criança e adolescente, através do fortalecimento de sua autoestima; pela expressão de seus sentimentos; e pela necessidade do jovem de se sentir valorizado. No que se refere ao autor de bullying: aprender a se sensibilizar com o outro, com o diferente, e integrar valores morais a sua hierarquia ética pessoal. E quanto ao espectador de bullying: aprender a se indignar.
A Orientadora Pedagógica, Mestre em Gestão em Educação, Eliane Gomes Quinonero destacou que a escola é alvo de uma séria de expectativas que hoje não são satisfeitas, tendo em vista que o estabelecimento de ensino não dá conta de atender a todas as demandas. “Os modelos de gestão educacional devem estar vinculados a reformas institucionais pautadas em categorias que supram as demandas locais e, expressem a realidade na qual esta inserida à escola.”.
Segundo ela, a escola é o local privilegiado onde as transformações sociais e os sistemas de ensino ocorrem de fato. “Uma política de formação de seus educadores pode ser um alavancador do processo de discussão coletiva no interior da escola. Os sistemas de ensino e as escolas devem assegurar nas orientações curriculares, nos projetos pedagógicos educacionais e nas práticas pedagógicas: sentimentos, emoções e valores. A participação da escola é fundamental para a construção de programas antibullying, porém esta ação não é solitária, não é só da escola, é da família também”.
A psicóloga com atuação nas áreas de psicoterapia infantil e de adolescentes e autora do livro "Guia Prático dos Pais", Suzy Camacho enfatizou a importância dos pais respeitarem os filhos dentro de casa, para que, com o exemplo, os jovens aprendam a respeitar o próximo. “Todos nós discutimos, mas existem formas de se discutir de forma respeitosa, e é isso que os pais devem fazer.”
À tarde, será realizado o 5º painel sobre “O papel e as ações das entidades representativas dos estudantes nas medidas antibullying”, debatido por Daniel Iliescu, Presidente da União Nacional dos Estudantes – UNE; o 6º painel sobre “Os meios de comunicação como medida de mudança cultural e preventiva antibullying”, tendo como palestrante o cartunista Maurício de Sousa; e o 7º painel sobre os “Projetos em tramitação e leis antibullying editadas no Estado de São Paulo”, debatido pelos Deputados Federais Jonas Donizette (PSB/SP) e Marcelo Aguiar (PSC/SP). Por fim, o último painel tem por tema os “Projetos em tramitação na Câmara dos Deputados” e será conduzido pelo deputado federal William Dib.
O seminário foi proposto pelo deputado William Dib e pela deputada Keiko Ota (PSB/SP), membros da CSPCCO, através dos respectivos Requerimentos n.º 46/11 e 21/11. O objetivo do seminário é discutir o desenvolvimento de política "antibullying" por instituições de ensino e de educação infantil, públicas ou privadas, com ou sem fins lucrativos, disposto no Projeto de Lei nº 7.457 de 2010.
Por Izys Moreira - Assessoria de Imprensa da CSPCCO