Uma audiência pública da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado vai discutir a legislação voltada para o combate ao terrorismo no País. O evento, ainda sem data marcada, atende requerimento do vice-presidente da comissão, deputado Raul Jungmann (PPS/PE), aprovado nesta quarta-feira.

O deputado informou que também vai pedir informações à Polícia Federal, à Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e à Presidência da República sobre a prisão no Brasil de um suposto integrante da Al Qaeda, a organização terrorista comandada por Osama Bin Laden.

Raul Jungmann destacou que o preso seria integrante da alta hierarquia dessa organização. "Nós já sabíamos que eles tinham passagem pelo território nacional e eram monitorados pelas forças de segurança e de inteligência", observou o parlamentar. "Mas eles aqui, com residência fixa e tornando o Brasil base de operação, aí isso é uma novidade que preocupa. É um salto que tem uma série de riscos", alertou o deputado.

Elevação dos riscos
Jungmann quer debater o terrorismo porque acredita que o fortalecimento da presença do Brasil em regiões como Ásia, África e Oriente Médio implica na elevação dos riscos de envolvimento em conflitos internacionais.

Segundo o deputado, o Brasil não está pronto para enfrentar este novo cenário. Ele defende, em primeiro lugar, a elaboração de uma legislação antiterrorismo.

Além disso, o deputado quer a fixação de hierarquia e comando claros para lidar com a questão e planos de contingência e pronta resposta, em virtude das grandes áreas metropolitanas espalhadas pelas diferentes regiões do País.

Nesta quarta-feira, o ministro da Justiça, Tarso Genro, ressaltou que o libanês preso pela Polícia Federal, que seria integrante da Al Qaeda, responde por ato de racismo na internet e não pelo crime de terrorismo.

Fonte: Agência Câmara
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