Os planos de saúde terão que cobrir a remoção de implantes de silicone se constatadas complicações causadas pelas próteses, independentemente da razão para sua colocação. É o que diz o Projeto de Lei 2113/19, aprovado em reunião da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher (CMULHER) nesta quinta-feira (1), presidida pela 2ª vice-presidente, deputada Lauriete (PSC-ES).

O PL também estabelece que o Sistema Único de Saúde (SUS) e a Saúde Suplementar devem garantir o acompanhamento psicológico e multidisciplinar para as mulheres que sofrerem mutilação total ou parcial da mama em decorrência do tratamento de câncer.

"Esta é uma causa muito nobre, que é a luta contra o câncer. Agradeço às nobres deputadas aqui presentes pela aprovação deste projeto tão importante para as mulheres", comemorou a deputada Norma Ayub (DEM-ES), relatora da proposta.

O texto aprovado é uma versão enviada de volta à Câmara pelo Senado Federal, em forma de substitutivo. “O Projeto retornou do Senado com esse olhar da retirada das próteses, algo que é muito importante. A questão do atendimento multidisciplinar também é muito relevante, porque é extremamente fundamental para a autoestima das mulheres que sofrem muito com o processo de retirada das mamas", apontou a deputada Carmen Zanotto (Cidadania-SC).

Elcione Barbalho (MDB-PA), presidente da CMULHER, comentou a existência de complicações causadas por próteses mamárias: “São situações que podem ocorrer, sendo muito prejudiciais à saúde da mulher. Por isso, em muitos casos a retirada é necessária e precisa ser feita o mais prontamente possível. Este projeto vai dar mais segurança e tranquilidade às mulheres que enfrentam esse problema”.

Texto: Lanna Borges