Funcionamento da Casa da Mulher do DF depende de reformas, afirmam debatedores
A Casa da Mulher Brasileira do Distrito Federal foi fechada em abril deste ano por problemas estruturais. Em novembro, parte das instalações foi liberada para uso, mas assistentes sociais que atuam no local defendem que não há como realizar o trabalho a que a casa se propõe sem que todos os equipamentos funcionem de maneira adequada.
A Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da Câmara realizou audiência pública para discutir a situação da Casa da Mulher Brasileira do Distrito Federal, que integra no mesmo espaço serviços especializados para os mais diversos tipos de violência contra as mulheres.
A iniciativa faz parte do Programa Mulher, Viver sem Violência, criado em 2013 pelo governo federal. Até agora, sete dessas casas já foram implantadas pelo Brasil.
"Nós queremos a reabertura da Casa da Mulher Brasileira da maneira que ela foi concebida, para evitar que as mulheres tenham que perambular em direção ao Judiciário, em direção à Delegacia Especial de Atendimento à Mulher, em direção ao Ministério Público, em direção à assistência social", afirmou.
A Secretária Adjunta de Políticas para as Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos do Distrito Federal, Joana Mello, destacou que após o fechamento da Casa os serviços foram distribuídos para diversos locais do Distrito Federal, o que dificulta muito o atendimento às mulheres vítimas de violência.
"Não temos um espaço onde todos os serviços funcionem de forma integrada, de forma humanizada. Nós não podemos fragilizar ainda mais uma mulher vítima de violência”, informou.
Cronograma
A deputada Erika Kokay (PT-DF), autora do pedido para o debate, lamentou que a Casa da Mulher Brasileira do Distrito Federal, inaugurada em 2015, nunca tenha chegado a funcionar de maneira plena. Para ela, é preciso que se estabeleça um cronograma que garanta o funcionamento da instituição.
"Se é preciso escolher um outro espaço, que se escolha um espaço provisório para que tenhamos um cronograma que possibilite a volta do atendimento na Casa da Mulher Brasileira e que os serviços possam continuar integrados", defendeu. Kokay promete procurar o ministro dos Direitos Humanos ainda neste ano para que um compromisso seja firmado nesse sentido.
Reportagem – Karla Alessandra
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