Direitos da Mulher debate gravidez na adolescência
Gilmar Félix
Kokay: gravidez adolescente é predominante em meninas de baixo status socioeconômico e afrodescendentes
Autora do requerimento para o debate, a deputada Érika Kokay (PT-DF) destacou que o Brasil tem um índice de 65 gestações para cada mil meninas de 15 a 19 anos, segundo dados do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA). De acordo com a agência da ONU, um em cada cinco bebês que nascem no Brasil é filho de mãe adolescente.
“Entre essas meninas, de cada cinco, três não trabalham nem estudam; sete em cada dez são afrodescendentes e aproximadamente a metade mora na região Nordeste”, alertou a deputada, que também citou estudos que relacionam a gravidez precoce à menor saúde física e mental na vida adulta.
“Diversas pesquisas concluíram que a gravidez adolescente provoca desvantagens para meninas de baixo status socioeconômico, mas na maioria dos países em desenvolvimento, as mulheres mais pobres têm menos opção de planejamento reprodutivo, menos acesso a atendimento pré-natal e são mais propensas a terem partos sem a assistência de um profissional de saúde”, lamentou Kokay.
Confirmaram presença na audiência pública:
- ANNA CUNHA, Representante do Fundo de Populações das Nações Unidas (UNFPA) no Brasil, Responsável pela área de Adolescência e Juventude;
- TAISSA FREIBERGER TOKARSKI - Coordenadora Geral de Saúde dos Adolescentes e Jovens do Ministério da Saúde;
- LIA ZANOTTA MACHADO - Presidente da Associação Brasileira de Antropologia;
- VILMARA PEREIRA DO CARMO - Secretária de Assuntos e Políticas para Mulheres Educadoras do SINPRO-DF;
A audiência ocorre às 10 horas, no plenário 14.
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