O autor do requerimento para a realização do debate, deputado Diego Garcia (PHS-PR), questiona os dados da Organização das Nações Unidas (ONU) de que 200 mil mulheres morrem por ano no País por terem feito aborto. “No Brasil, o número de abortos, bem como de mortes deles resultantes, frequentemente apresentam-se inflacionados, principalmente por quem advoga pela flexibilização de regras relacionadas ao aborto”, afirma o parlamentar. 

Segundo ele, dados do IBGE mostram que mais da metade das 443 mil mortes de mulheres em 2010 foram em decorrência de assassinatos, doenças circulatórias, câncer, acidentes de trânsito, doenças do aparelho respiratório e infecções diversas. 

Para a deputada Erika Kokay (PT-DF), no entanto, é lógico que as estatísticas oficiais não reflitam a realidade, uma vez que as principais vítimas de abortos clandestinos são as mulheres de baixa renda que, muitas vezes, não têm acesso a atendimento hospitalar.

"Já existe uma série de sentenças elaboradas por cortes internacionais que dizem que negar a existência de aborto e deixar na clandestinidade os abortos que são feitos no Brasil significa colocar em risco a vida de milhares de mulheres."

Foram convidados para participar da audiência jornalistas e professores da área de saúde.

Confira a lista completa dos convidados

A audiência será realizada no plenário 11, a partir das 14h, e poderá ser acompanhada ao vivo pelo WebCamara.