Câmara abre nesta quarta (23) prazo para indicações ao Diploma Carlota Pereira de Queirós
A Câmara dos Deputados abre nesta quarta-feira (23) o prazo para indicações à 10ª edição do Diploma Mulher-Cidadã Carlota Pereira de Queirós. Instituído pela Resolução 3/2003 e concedido pela Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher, o diploma visa homenagear mulheres cujos trabalhos ou ações tenham contribuído para o pleno exercício da cidadania, na defesa dos direitos da mulher e nas questões de gênero no Brasil.
As indicações deverão ser realizadas por deputados federais da atual legislatura, até 6 de agosto, mediante envio de documentação (nome da candidata, curriculum vitae e justificativa) por e-mail. A divulgação da lista de indicadas será no dia 9 de agosto, na página da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher. Na data provável de 16 de setembro, os membros da comissão, em reunião deliberativa, definirão a escolha das cinco mulheres agraciadas ao prêmio, com divulgação posterior na página do colegiado.
O Diploma Mulher-Cidadã Carlota Pereira Queirós já foi concedido a 45 mulheres, premiando cinco indicadas a cada ano, em 2004, 2006, 2007, 2008, 2009, 2016, 2017, 2018 e 2019.
Sobre a Cerimônia de Outorga do Prêmio
A cerimônia de premiação, que consiste na entrega de diploma assinado pelos presidentes da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher e da Câmara dos Deputados, será realizada em 14 de outubro, às 10h, no Plenário 14, no Anexo II.
Quem foi Carlota Pereira de Queirós
Carlota Pereira de Queirós (13/02/1892 - 14/04/1982) nasceu na cidade de São Paulo, filha de José Pereira de Queiroz e de Maria Vicentina de Azevedo Pereira de Queiroz. Médica, escritora, pedagoga e política, Carlota Pereira foi a primeira mulher brasileira a votar e ser eleita deputada federal na história do Brasil.
Formou-se em 1926, pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, com a tese “Estudos sobre o Câncer”. Foi interna da terceira cadeira de Clínica Médica da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, chefe do Laboratório de Clínica Pediátrica (1928) e assistente do professor Pinheiro Cintra. Foi comissionada pelo governo de São Paulo em 1929 para estudar Dietética Infantil em centros médicos da Europa. Membro da Associação Paulista de Medicina de São Paulo, "Association Française pour l'Étude du Cancer", Academia Nacional de Medicina e Academia Nacional de Medicina de Buenos Aires, Carlota fundou a Academia Brasileira de Mulheres Médicas, em 1950.
Eleita pelo estado de São Paulo, em 1934, participou dos trabalhos da Assembleia Nacional Constituinte, entre 1934 e 1935, fazendo com que a voz feminina fosse ouvida no Congresso Nacional. Seu mandato foi em defesa da mulher e das crianças, trabalhando por melhorias educacionais que contemplassem melhor tratamento para as mulheres e publicando uma série de trabalhos em defesa da mulher brasileira. Ocupou seu cargo até o golpe de 1937, quando Getúlio Vargas fechou o Congresso.
Para mais informações, acesse a página da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher ou entre em contato por e-mail ou pelos telefones 61 3216-6991 / 6962.