Aumento de sífilis congênita no Brasil é tema de debate na Câmara
A sífilis é uma doença de transmissão sexual de fácil diagnóstico e tratamento. A despeito disso, Laura Carneiro ressalta que há indícios de diagnósticos tardios e de crescimento de incidência da sífilis congênita.
De acordo com o Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde, nos últimos dez anos, no Brasil, a taxa de mortalidade infantil por sífilis passou de 2,2 por 100 mil nascidos vivos em 2004 para 5,5 em 2013. Quando sobrevive, a criança “pode apresentar lesões neurológicas, ósseas, faciais, surdez, cegueira, deficiência mental”, enumera Laura Carneiro.
A parlamentar lembra ainda que, recentemente, o nascimento de crianças com microcefalia causadas pelo vírus da zika causou comoção nacional. “No entanto, a sífilis congênita é responsável por um número muito maior de casos de microcefalia, que merecem a mesma atenção e os mesmos cuidados.”
Debatedores
Foram convidados para discutir o assunto:
- a diretora do Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das IST, AIDS e Hepatites Virais/SVS/MS, Adele Benzaken;
- a assessora de Políticas Públicas da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), Maria Albertina Santiago Rego;
- a obstetra da Federação Brasileira de Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) Lucila Nagata; e
- o conselheiro do Cofen Gilvan Brolini.
A audiência será realizada no plenário 15 a partir das 15 horas.