Secretário de Petróleo defende regime de partilha para exploração do pré-sal
O secretário de Petróleo, Gás Natural e Combustíveis Renováveis do Ministério de Minas e Energia, Marco Antônio Martins Almeida, defendeu o modelo de partilha para a exploração do petróleo do pré-sal. Ele participa de audiência pública da Comissão de Minas e Energia convocada para discutir o regime de exploração de petróleo no Brasil.
Almeida explicou que o modelo de partilha é compatível para as áreas do pré-sal. “No regime de partilha o Estado repassa o risco e divide o lucro. O risco é da empresa, mas a expectativa de produção é boa. O modelo de partilha no pré-sal tem baixo risco, elevadas descobertas e grande produtividade por poço”, explicou.
O modelo de partilha, segundo ele, foi resultado de uma decisão política, adotada pela então ministra de Minas e Energia, Dilma Roussef, e discutida no Congresso, que aprovou a Lei 12.351/10.
Produção no pré-sal
Almeida apresentou dados a respeito do potencial da exploração do pré-sal, que é de 40 a 50 bilhões de barris. Ele comparou a produção do Golfo do México americano que, segundo ele, em 33 anos produziu 13,5 bilhões de barris. “Só o campo de Libra tem entre 8 e 12 bilhões de barris”, disse.
A produção do pré-sal, hoje, é de 726 mil barris por dia. “Somente sete poços produzem mais de 40 mil barris por dia. Para se ter ideia, Sergipe inteiro produz 40 mil barris por dia. A Bahia produz 100 mil barris por dia. Ou seja, dois poços e meio do pré-sal produzem o mesmo que a Bahia. No pré-sal existem 20 poços que produzem mais de 20 mil barris por dia”, contabilizou.
Agência Câmara