Presidente da Fecombustíveis critica problemas na distribuição de gasolina
O presidente da Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes (Fecombustíveis), Paulo Miranda Soares, disse que está havendo um "estresse logístico nacional" em relação à distribuição de combustíveis. Ele lembrou que, recentemente, houve postos que ficaram até uma semana sem gasolina no Acre, em Porto Alegre e em Vitória.
"Uma semana significa 1/4 do mês sem ganhar nada, e os custos permanecem os mesmos", lembrou, afirmando que a situação dos revendedores, quando falta combustível, fica muito difícil. "Somos a face visível do sistema e acabamos pagando o pato pela falta de combustível", disse Soares, que participa de audiência pública na Comissão de Minas e Energia sobre o abastecimento nacional de combustíveis.
Ele se queixou das ações movidas pelo Ministério Público contra revendedores que alegam não ter combustível. "Muitas vezes temos que chamar a polícia para constatar que não há mesmo combustível e assim podermos nos defender", disse.
Soares afirmou que, de 2007 para cá, a frota de caminhões quase dobrou, mas houve uma pressão de demanda muito grande, em razão do aumento da classe média e do crescimento do número de carros em circulação.
Ele citou também que, no Amazonas, todo ano falta combustível em determinada época, em razão da dificuldade de transporte. Em alguns momentos há gasolina, mas ela não pode ser vendida por falta de anidro (a mistura é obrigatória). Houve postos que ficaram sem o combustível o mês inteiro, segundo Soares.
Agência Câmara