O deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) indagou há pouco a representantes do governo qual o impacto nas contas públicas das medidas de socorro adotadas pelo Executivo para equilibrar o caixa das empresas do setor elétrico. “Li na imprensa que só o prejuízo da Light, no Rio de Janeiro, será de R$ 2 bilhões”, disse Maia, que também citou as perdas de valor de mercado da Eletrobras e da Petrobras.

Maia se referiu às medidas anunciadas pelo governo na semana passada que preveem aporte do Tesouro Nacional de R$ 4 bilhões para o setor, além de autorização para que a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) tome empréstimos de R$ 8 bilhões para atender empresas do setor que estão tendo que comprar energia no curto prazo a valores bem mais altos que o normal.

Em resposta, o secretário-executivo do ministério de Minas e Energia, Márcio Zimmermann, explicou que a medida tomada semana passada em socorro às distribuidoras será compensada com o retorno para o domínio da União de algumas geradoras, cujos contratos de concessão vencem em 2015.

“Temos 5 mil megawatts vencendo no próximo ano [fim do contrato de concessão de usina geradora, que será revertida para a União] e, com isso, teremos algo em torno de R$ 4 bilhões ou R$ 5 bilhões por ano”, afirmou Zimmermann.

A audiência pública promovida em conjunto pelas comissões de Minas e Energia; de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio; e de Fiscalização Financeira e Controle já foi encerrada.

Agência Câmara