O presidente da Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia, Reginaldo Medeiros, defendeu que o governo valorize o mercado livre de energia na renovação das concessões do setor, que devem vencer a partir de 2015. Este mercado, acessado apenas por cerca de 550 grandes consumidores, garante, segundo ele, tarifas de energia de 10% a 15% mais baratas que as dos demais consumidores chamados cativos. Medeiros participa de audiência pública na Comissão de Minas e Energia que discute as concessões do setor de energia.

Para o representante da Federação dos Trabalhadores Eletricitários, Franklin Gonçalves, o governo deve renovar todas as concessões do setor de energia que começarem a vencer em 2015 porque, segundo ele, novas licitações serão piores que as privatizações porque elas entregariam apenas os ativos e não os trabalhadores. Ele afirmou ainda que os novos contratos não devem prever a terceirização de serviços, deixando para o Congresso uma regulamentação mais geral sobre o assunto.

José Cláudio Cardozo, presidente da Associação Brasileira das Grandes Empresas de Transmissão de Energia Elétrica, disse que, no seu setor, o equivalente hoje a 79% do sistema estará com concessões vencidas a partir de 2015. Ele explicou, porém, que os contratos já preveem a renovação por 20 anos. Na distribuição, quase um terço do setor deverá ser renovado ou licitado.

Agência Câmara