Sarney Filho participa de manifestação pelos índios Guarani-Kaiowá

O líder do Partido Verde. coordenador da Frente Parlamentar Ambientalista e presidente da CMADS, deputado Sarney Filho (MA), participou, hoje (19.10), de manifestação em favor dos índios Guarani-Kaiowá (MS) na frente do Congresso Nacional, organizada pelo Conselho Federal de Psicologia, Conselho Indigenista Missionário, Justiça Global-Brasil e Dhesca Brasil. Dezenas de cruzes foram fincadas no gramado para representar os índios que morreram vítimas de violência e também os que cometeram suicídio nos últimos anos, diante da pressão de fazendeiros e pistoleiros.
19/10/2012 17h00

Liderança do Partido Verde

Sarney Filho participa de manifestação pelos índios Guarani-Kaiowá

 

Pouco antes, o líder leu no Plenário da Câmara carta do grupo Guarani-Kaiowá que ameaça com suicídio coletivo caso as famílias venham a ser despejadas por determinação da Justiça Federal de Naviraí. “Enviei carta ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardoso; alertei o presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Ayres Brito sobre a gravidade da situação e conversei hoje com o Procurador da República, Marco Antonio Delfino de Almeida que está defendendo a causa dos índios. Ele disse que está recorrendo ao Tribunal Regional Federal, e nós vamos entrar em contato com os desembargadores federais para que possamos sensibilizá-los para essa grave questão”, afirmou o líder.

“O Congresso Nacional também precisa ficar atento ao que está acontecendo, porque outros grupos Guarani-Kaiowá estão ameaçados em suas próprias terras. A invasão de suas áreas tradicionais por fazendeiros, no passado, fez com que eles passassem a viver como mendigos em suas próprias terras. Por isso, há um imbróglio jurídico que precisa ser resolvido”, disse Sarney Filho.
Na carta que o deputado leu no Plenário, os índios afirmam que a própria ação da Justiça Federal gera e aumenta as violência na área onde estão acampados.

“A Justiça ignora nossos direitos de sobreviver à margem do rio Hovy e próximos de nosso território tradicional, Pyelito Kue/Mbarakay. Entendemos claramente que esta decisão da Justiça Federal de Naviraí é parte da ação de genocídio e extermínio histórico ao povo indígena, nativo e autóctone do Mato Grosso do Sul, isto é, a própria ação da Justiça Federal está violentando e exterminando as nossas vidas”, acusam os índios.

Ao fazerem a ameaça de suicídio coletivo os índios dizem que perderam a esperança de sobreviver dignamente e sem violência em seu território antigo. “Estamos acampados há 50 metros do rio Hovy, onde já ocorreram quatro mortes, sendo duas por suicídio e duas em decorrência de espancamento e tortura de pistoleiros das fazendas”, disseram os índios.

Fonte: Assessoria de Imprensa da Liderança do Partido Verde na Câmara dos Deputados.