O acidente ocorreu quando ca­tadores de lixo descobriram um aparelho de radioterapia abandonado. A capsula que continha o césio foi aberta e várias pessoas tocaram no material. São quatro mortos segundo dados oficiais, mas a Associação das Vítimas do Césio 137 aponta que nes­ses 25 anos, 104 pessoas te­nham morrido e cerca 1,6 mil afetadas de forma direta.

“As vítimas do Césio ainda hoje têm dificuldades em serem reconhecidas pelo Estado. E lhes falta o devido amparo, uma vez que cabe ao Estado, através do Conselho Nacional de Energia Nuclear - CNEN, a responsabilidade pelo setor”, afirmou o parlamentar.

Em seu discurso no Plenário da Câmara, Sarney Filho reconheceu que acidentes com material radioativo podem voltar a ocorrer no País. Segundo o deputado relatório aprovado pela CMADS, sobre fiscalização nuclear demonstrou que as 18 mil fontes radiativas do País não estão sendo fiscalizadas pelo Governo.

“Para nós do Partido Verde fica a missão de denunciar, cobrar e agir, para que os instrumentos de controle e fiscalização sobre o setor, inclusive no que diz respeito à utilização da energia nuclear, sejam repensados e redefinidos, a exemplo do que vem ocorrendo em outros países – estes, sábia e simplesmente, estão abolindo o uso da energia nuclear” finalizou Sarney Filho.

Fonte: Assessoria de Imprensa da Comissão Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável – CMADS, da Câmara dos Deputados.