Sarney Filho avalia a Rio+20 na Comissão de Mudanças Climáticas do Senado

Ao fazer hoje (4) um balanço da Rio+20 na Comissão Mista de Mudanças Climática do Senado, o presidente da Comissão do Meio Ambiente e de Desenvolvimento Sustentável da Câmara, deputado Sarney Filho (PV-MA), afirmou que embora o documento final acordado entre os chefes de Estado tenha sido “frustrante”, as cobranças feitas pela sociedade civil irão forçar os governos a adotarem iniciativas urgentes para minimizar os efeitos das mudanças climáticas .
04/07/2012 18h15

Estefânia Uchôa/CMADS

Sarney Filho avalia a Rio+20 na Comissão de Mudanças Climáticas do Senado

“A conferência mundial mostrou que a sociedade assumiu de vez o protagonismo da defesa intergeracional da sustentabilidade e continuará pressionando para que ocorram mudanças urgentes visando enfrentar as emergências ambientais, diante do  aquecimento global”, afirmou o deputado, que é também coordenador da Frente Parlamentar Ambientalista.

Ele citou o resultado do encontro de prefeitos das 58 maiores cidades do mundo que integram o C-40 (Climate Leadership Group) que participaram de um evento paralelo à Rio+20. “Eles anunciaram que até 2020 irão cumprir a meta de reduzir em até 248 milhões de toneladas as emissões de GEE- - gases causadores do efeito estufa”, explicou Sarney Filho. O deputado também citou o movimento lançado pelo Greenpeace de Desmatamento Zero e ainda iniciativas, com a do Banco Mundial, que disponibilizou cerca de R$ 3 bilhões para financiar projetos de mobilidade urbana com combustíveis não fósseis. Lembrou , ainda, que algumas das maiores bolsas de valores  do mundo anunciaram que irão incluir a contabilidade ambiental em suas empresas.

“O resultado do encontro oficial não correspondeu às expectativas. Não há metas e o documento é muito genérico. Mas não podemos esquecer que diante da crise financeira enfrentada por vários países seria mesmo difícil conseguir consenso sobre questões fundamentais para a construção de uma governança para viabilizar uma economia verde," lamentou Sarney Filho.

Mesmo assim, o deputado acredita que as mudanças climáticas, que repercutem em tragédias em todo o mundo, com secas prolongadas, tempestades e outras ocorrências graves, obrigarão os governos a investirem com urgência em medidas, como a retirada de qualquer tipo de subsídio aos combustíveis fósseis e a incentivar as energias renováveis, a educação ambiental e a valorização dos serviços ambientais prestados pelos biomas. No caso do Brasil ele citou a Amazônia.

 

 

Fonte: Assessoria de imprensa do deputado Sarney Filho