Rio+20: Sarney Filho defende desmatamento zero na Cúpula dos Povos
Para o parlamentar, a campanha do Greenpeace poderá reativar o projeto do Partido Verde que foi apresentado há cerca de cinco anos, que estabelece a proibição de novos desmatamentos. “Acredito que somente com uma ampla mobilização da sociedade e de pressões contra a bancada ruralista conseguiremos impedir um grande retrocesso em nossas leis ambientais”, disse Sarney Filho.
Na abertura dos debates, o diretor do Greenpeace para campanhas na Amazônia, Paulo Adário, defendeu a campanha, ao afirmar que, embora os desmatamentos tenham diminuído nos últimos anos, ele atinge cerca de 6.400km2/ ano. “Não tem sentido dizer que o Brasil precisa de mais terras para ao agronegócio, porque não é aceitável que cada cabeça de gado precise de um hectare de pastagens, enquanto a tecnologia permite que este espaço seja diminuído pela metade”, criticou Adário.
Ao criticar a posição dos ruralistas, Sarney Filho afirmou que eles hoje estão conseguindo aprovar iniciativas que colocam em risco as florestas nativas. Citou o caso da PEC 215 que transfere para o Congresso Nacional o poder de criar e de rever áreas de índios, quilombolas e áreas de preservação ambiental.
“O Congresso, que deveria ser a caixa de ressonância do pensamento da sociedade, está hoje legislando em prol dos interesses pessoais de ruralistas, não respeitando os direitos difusos”, concluiu o deputado.
Fonte: Assessoria de imprensa da Comissão do Meio Ambiente e do Desenvolvimento Sustentável - CMADS Câmara dos Deputados