Mineração de ouro no Rio Xingu será discutida na CMADS
Segundo requerimento Nº155/2012 aprovado nesta quarta-feira, 17, o trecho onde pretende-se instalar a mineradora é o mesmo que será impactado com a construção da Usina de Belo Monte. “Especialistas estimam que este trecho do Rio Xingu deva ter sua vazão reduzida em 80%. O que acontecerá com a região depois desse duplo impacto? E o que acontecerá com as áreas indígenas situadas nas proximidades?”, questionou o autor do requerimento, o Deputado Sarney Filho (PV/MA), presidente da CMADS.
Além dos impactos diretos sobre a fauna e a flora, Sarney Filho questionou os efeitos do uso do cianeto, substância química que é utilizada no processo industrial para o beneficiamento do ouro. Segundo o deputado a substância é venenosa e letal para o ser humano, daí a preocupação da adoção de métodos rigorosos para seu controle.
O projeto de mineração pertence à empresa Belo Sun Mining Corporation, com sede no Canadá, e está em processo de licenciamento ambiental pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente do Pará. De acordo com a companhia, o potencial de produção de ouro na Volta Grande do Xingu é 4.684 quilos de ouro por ano.
Foram convidados para o debate representantes dos Ministérios do Meio Ambiente e Minas e Energia, da Secretaria Estadual de Meio Ambiente do Pará, do Ministério Público Federal (MPF) em Altamira (PA), da empresa Belo Sun Mining Corporation, da sociedade civil e da comunidade acadêmica.
Fonte: Assessoria de Imprensa da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável – CMADS, da Câmara dos Deputados.