Meio Ambiente rejeita a obrigatoriedade do uso de papel reciclado em material didático

A Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável – CMADS, da Câmara dos Deputados rejeitou nesta quarta-feira, 20, o PL 3.016/2011, que torna obrigatório o uso de matéria prima reciclada para a confecção do material didático adquirido para o Programa Nacional do Livro Didático – PNLD e para o Programa Nacional do Livro Didático para o Ensino Médio – PNLEM.
21/11/2013 15h15

Foto: Estefânia Uchôa / CMADS

Meio Ambiente rejeita a obrigatoriedade do uso de papel reciclado em material didático

De acordo com o parece contrário ao projeto, do relator substituto Deputado Valdir Colatto (PMDB/SC), o Brasil produz celulose e papel exclusivamente de florestas plantadas de eucalipto e Pinus, que utilizam práticas de manejo sustentável e certificadas.

“A reciclagem de papel só se torna possível graças à constante entrada de novos papeis recicláveis no processo. No caso brasileiro o papel branco é uma opção sustentável. As florestas plantadas evitam o corte de espécies nativas, ajudam na ocupação de áreas degradadas e na captura de CO2 da atmosfera”, declarou o deputado.

Outros aspectos negativos que seriam gerados pela proposta seriam o aumento no preço do livro adquirido pelo Governo, considerando que o mercado ainda não possui matéria-prima suficiente para atender a demanda e as possíveis mudanças nas características das atividades e ilustrações propostas nas obras didáticas, que atualmente são elaboradas para serem impressas em papel offset branco, as quais podem comprometer a qualidade da impressão interferindo no próprio processo de aprendizagem.

O projeto segue agora para apreciação das Comissões de Educação e de Constituição, Justiça e de Cidadania da Câmara dos Deputados.

 

Leia a íntegra do PL 3.016/2011 e do parecer contrário aprovado na CMADS.

 

Fonte: Assessoria de Imprensa da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável – CMADS, da Câmara dos Deputados.