Líder do PV defende segurança alimentar e critica ataques à legislação ambiental
O deputado coordenou a mesa sobre Soberania, Segurança Alimentar e Nutricional. Ao defender a agroecologia e produção orgânica, Sarney Filho enfatizou que esta é a esta visão moderna de segurança alimentar. “Números dão conta de que a exportação de produtos orgânicos cresce a média de 100 a 200% ao ano. Mais e mais agricultores, pequenos e grandes, se incorporam, a esta filosofia”, disse o deputado. Para ele um dos grandes desafios da agroecologia é mostrar que é diferente, não apenas tecnologicamente, mas conceitualmente da agricultura convencional.
Para o deputado, cada vez mais, o conceito de segurança alimentar deve ser adotado em sua amplitude máxima. “Pensar no todo e não no particular; pensar no país e não somente no seu pedaço de terra. Pensar na saúde dos que trabalham na produção de alimentos e também na saúde de quem compra os alimentos. Pensar em como fazer com que mais e mais pessoas tenham acesso a este alimento de qualidade. Pensar na preservação do solo, das águas, da flora, da biodiversidade, como uma contribuição planetária”, exemplificou Sarney Filho.
Como desafio para a agroecologia, o deputado alertou para a necessidade de clarificar questões importantes e ao mesmo tempo buscar aliados. “Ainda somos poucos parlamentares, mas já contamos com a Frente Parlamentar Ambientalista, a Frente Parlamentar Mista pelo Desenvolvimento da Agroecologia e Produção Orgânica e a Frente de Defesa dos Povos Indígenas e outros movimentos que atuam em defesa do Brasil que nós queremos”, disse o deputado.
“Proponho questões para reflexão, que dizem respeito à soberania. Por exemplo, o meio ambiente está sendo devastado para produzir grãos que vão alimentar bovinos e suínos dos Estados Unidos, Europa, China e Japão. Isto é produzir alimentos? Qual o custo real de uma tonelada de soja quando sua produção resultou na extinção de nascentes, contaminação do solo e do ar, devastação de áreas de preservação?”, questionou.
O deputado afirmou, ainda, que a chamada revolução verde não resolveu o problema da fome, como foi prometido. E tampouco os transgênicos. “Com os transgênicos ocorreu exatamente o contrário do que foi prometido pelos seus defensores. Primeiro, eles disseram que a fome ia diminuir, mas a fome aumentou. Segundo, disseram que OGM usa menos agrotóxico, mas depois que os transgênicos entraram no Brasil, aumentou o consumo de agrotóxicos – o Brasil é hoje o maior consumidor de pesticidas do mundo”, criticou.
Fonte: Renata Leite /Assessoria de Imprensa
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