Steiner defendeu que a nova agência siga a estrutura e autonomia de outras agências da ONU, como a Organização Mundial do Comércio (OMC) e a Organização Mundial da Saúde (OMS). O fortalecimento dessa agência tornaria possível a implementação dos acordos assinados: "Se você quer alcançar uma associação universal e conferir ao tema a mesma autoridade e capacidade não só para propor políticas, mas para apoiar sua implementação, por que não conferir a mesma capacidade de governança dada a outras agências?", defendeu. Segundo ele, a proposta de transformar o Pnuma em uma Agência Internacional é defendida por 140 países.

O diretor-executivo do PNUMA apontou para o momento difícil que o mundo anda passando, de crise econômica nos países ricos, mas disse acreditar que metas ambiciosas possam sair da Conferência: “Trata-se de um momento difícil para uma conferência sobre desenvolvimento sustentável. Mas acredito que o Brasil irá inspirar e motivar os demais [países] na construção de uma agenda que realmente traduza o futuro que queremos”.

Para Steiner, o mais importante é que a conferência fuja dos debates teóricos e busque metas concretas: “Continuamos a falar de desenvolvimento sustentável e das mudanças que devemos fazer como se fossem para o futuro e isso tem custado muito ao planeta. O futuro já chegou”, declarou.

O encontro com Izabella Teixeira foi organizado pelo Ministério do Meio Ambiente e faz parte de uma série de palestras sobre assuntos a serem tratados durante a Rio+20. A ministra informou que outras reuniões prévias da Rio+20 vão ocorrer em maio. “Já realizamos um encontro para falar sobre economia verde e estamos tentando organizar um encontro para falar sobre os objetivos dos desenvolvimento sustentável com a vice-ministra de Meio Ambiente da Colômbia, que está conduzindo essa proposta, e outro sobre mídia e Rio+20”.

 Fonte:

Daniele Bragrança - Site O eco.

* Com informações da Agência Brasil.