Comissão de Meio Ambiente vai discutir denúncias de extração de madeira ilegal no Maranhão

Uma série de providências estão sendo tomadas pelo presidente da Comissão de Meio Ambiente da Câmara, deputado Sarney Filho (PV-MA), no sentido de verificar as denúncias da utilização de carvão de mata nativa para produção de ferro-gusa (matéria prima do aço) por siderúrgicas no polo de Carajás, na divisa do Pará com Maranhão.
15/05/2012 17h00

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Comissão de Meio Ambiente vai discutir denúncias de extração de madeira ilegal no Maranhão

Em matéria publicada nesta segunda-feira, 14, intitulada, “O aço que engole a floresta”, o jornal O Globo publica denúncia do Greenpeace de que usinas siderúrgicas “ainda usam em seus fornos carvão de mata nativa, parte dela extraída ilegalmente de terras protegidas, como a Reserva Biológica do Gurupi e terras indígenas da Região”, informa o jornal.

 

Há notícias ainda da ocorrência de trabalho escravo na produção do carvão. Em 2011 trabalhadores foram encontrados nas carvoarias desenvolvendo trabalho em situação análoga à condição de escravo.

 

“Essas informações são muito preocupantes, tanto pela degradação ambiental das áreas protegidas da região, quanto pelas péssimas condições de trabalho da população envolvida na produção do carvão que abastece as siderúrgicas que utilizam essa matéria prima”, alertou Sarney Filho.

 

O deputado disse que irá convocar audiência pública para discutir as denúncias e solicitou ainda esclarecimentos ao ministério de Meio Ambiente sobre as providências que estão sendo adotadas no âmbito do Ibama e do Instituto Chico Mendes, e ao ministério da Justiça, sobre a retirada de madeira das reservas indígenas.

 

Na oportunidade Sarney Filho pediu apoio ao Ibama e a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão para o desenvolvimento de ações de fiscalização de forma ininterrupta em todas as ações que se fizerem necessárias, além do apoio na assinatura do novo termo de cooperação técnica, entre as partes, para dar continuidade as ações que vem sendo tomadas desde 2008 para coibir tais agressões ambientais.

 

Para participar da audiência foram convidados representantes do IBAMA, do Instituto Chico Mendes, da Secretaria de Meio Ambiente no Estado do Maranhão, da FUNAI no Maranhão, do Ministério do Trabalho e do Emprego, do Ministério Público Federal do Estado do Maranhão e representantes das siderúrgicas que operam no estado.

 

“É essencial realizarmos essa discussão na Comissão de Meio Ambiente, para que a Casa possa tomar conhecimento da situação e opinar sobre a questão”, afirmou.

 

Fonte: Assessoria de Comunicação/CMADS