Audiência pública vai discutir impacto ambiental de obras do Complexo Paineiras no Rio
“Queremos discutir os impactos da obra no Parque Nacional da Tijuca”, justificou Sarney Filho, ao lembrar que a obra vai ocupar 20,5 mil metros quadrados do Parque, com a instalação de garagens subterrâneas para 395 carros, dois restaurantes, botequim, loja de suvenires, centro de exposições e centro de convenções para 400 pessoas.
Ele citou matéria publicada no jornal O Globo, informando que 232 árvores serão derrubadas para dar lugar ao futuro empreendimento. Muitas já foram ao chão. O consórcio, porém, comprometeu-se a replantar 336. O muro e o telhado do hotel já foram postos abaixo. Janelas e portas também foram retirados.
“Estas intervenções estão preocupando os ambientalistas, o ICMBio e o Instituto do Patrimônio Artístico e Histórico Nacional (Iphan). Depois de vistoriar o local, a arquiteta Izabelle Cury, do Iphan, decidiu suspender as obras e o Instituto Chico Mendes seguiu o mesmo caminho. O fato é que as obras estão paralisadas por conta desse questionamento oficial quanto aos danos causados ao meio ambiente pelas obras do Complexo”, afirmou Sarney FIlho.
O Parque Nacional da Tijuca (PARNA-Tijuca), no Rio de Janeiro, era completamente devastado no século XVIII, por conta dos cultivos de cana-de-açúcar e da expansão dos cafezais. Foi o imperador D. Pedro II, que decidiu, em 1861, pelo reflorestamento da região, no chamado “maciço da Tijuca”.
Criado em 6 de julho de 1961, o PARNA-Tijuca possui cerca de 4 mil hectares e está sob o comando do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). É a maior floresta urbana e heterogênea do mundo plantada pela mão do homem. Em função do Corcovado e da estátua do Cristo Redentor, símbolo do Rio de Janeiro, é também o Parque Nacional mais visitado do país, com uma média de 2 milhões de pessoas por ano.
Fonte: Assessoria de imprensa do deputado Sarney Filho (PV/MA).