Audiência pública vai discutir impacto ambiental de obras do Complexo Paineiras no Rio

A preocupação com os impactos ambientais das obras no chamado Complexo Paineiras, no Rio de Janeiro, um projeto que prevê investimentos de R$ 65,3 milhões, levou o líder do Partido Verde, deputado Sarney Filho (PV-MA) a pedir a realização de audiência pública na Comissão do Meio Ambiente e de Desenvolvimento Sustentável da Câmara. O requerimento foi aprovado hoje (4). Serão convidados o diretor do Parque Nacional da Tijuca; representantes de ONGs; do Instituto Chico Mendes; do Instituto MyGreen ;do Instituto do Patrimônio Artístico e Histórico Nacional (Iphan) e o gestor do consórcio Paineiras-Corcovado, responsável implantação do Complexo das Paineiras.
04/09/2013 16h05

Foto: Rogério Rocco

Audiência pública vai discutir impacto ambiental de obras do Complexo Paineiras no Rio

“Queremos discutir os impactos da obra no Parque Nacional da Tijuca”, justificou Sarney Filho, ao lembrar que a obra vai ocupar 20,5 mil metros quadrados do Parque, com a instalação de garagens subterrâneas para 395 carros, dois restaurantes, botequim, loja de suvenires, centro de exposições e centro de convenções para 400 pessoas.

Ele citou matéria publicada no jornal O Globo, informando que 232 árvores serão derrubadas para dar lugar ao futuro empreendimento. Muitas já foram ao chão. O consórcio, porém, comprometeu-se a replantar 336. O muro e o telhado do hotel já foram postos abaixo. Janelas e portas também foram retirados.

“Estas intervenções estão preocupando os ambientalistas, o ICMBio e o Instituto do Patrimônio Artístico e Histórico Nacional (Iphan). Depois de vistoriar o local, a arquiteta Izabelle Cury, do Iphan, decidiu suspender as obras e o Instituto Chico Mendes seguiu o mesmo caminho. O fato é que as obras estão paralisadas por conta desse questionamento oficial quanto aos danos causados ao meio ambiente pelas obras do Complexo”, afirmou Sarney FIlho.

O Parque Nacional da Tijuca (PARNA-Tijuca), no Rio de Janeiro, era completamente devastado no século XVIII, por conta dos cultivos de cana-de-açúcar e da expansão dos cafezais. Foi o imperador D. Pedro II, que decidiu, em 1861, pelo reflorestamento da região, no chamado “maciço da Tijuca”.

Criado em 6 de julho de 1961, o PARNA-Tijuca possui cerca de 4 mil hectares e está sob o comando do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). É a maior floresta urbana e heterogênea do mundo plantada pela mão do homem. Em função do Corcovado e da estátua do Cristo Redentor, símbolo do Rio de Janeiro, é também o Parque Nacional mais visitado do país, com uma média de 2 milhões de pessoas por ano.

 

Fonte: Assessoria de imprensa do deputado Sarney Filho (PV/MA).