A audiência debateu os “Retrocessos Econômicos, Sociais e Ambientais do Governo Bolsonaro”. Os deputados do Psol afirmam no requerimento que na Presidência de Jair Bolsonaro “o Brasil piorou em tudo: na educação, saúde, conquistas sociais”.

O quadriênio 2019-2022 foi marcado pela pandemia da Covid-19. No campo da saúde, a OMS – Organização Mundial de Saúde – declarou a pandemia do novo Coronavírus no dia 11 de março de 2020. No Brasil, segundo o Governo Federal, já somam mais de 600 mil mortes por Covid-19. Os vetos também contribuíram para a crise que vivemos, como por exemplo, a obrigatoriedade do uso de máscaras em lugares fechados em que haja reunião de pessoas.

O deputado Glauber Braga (PSOL-RJ) pontuou a motivação que o levou a solicitar a audiência, “queria que a gente conseguisse reunir aqui hoje, prioritariamente, alguns trabalhadores que já estão em uma árdua luta contra a aplicação da política de desmonte e de destruição”.
A quantidade de mudanças de ministros no Governo Bolsonaro é o reflexo da instabilidade durante o seu mandato. Os diversos descasos com as políticas públicas colocaram o Brasil em uma situação de retrocesso.

O Retrocesso
A audiência teve como destaque a exploração dos trabalhadores e seus direitos, além de todo o retrocesso sofrido nos últimos anos, “difícil definir: qual é o maior retrocesso ou o mais cruel no Brasil”, ressalta o deputado Padre João (PT-MG), “o maior retrocesso é ter 33 milhões de brasileiros passando fome”, disse.

Já o representante da Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil, Antônio Alves Neto, ressaltou que a educação brasileira tem passado por um processo de desmonte e, segundo ele, isso é o mesmo que destruir a estrutura do Brasil.

Para Adaedson Costa, representante da Federação Nacional dos Petroleiros, a privatização está acabando com o país, e defender as estatais é defender o Brasil.

“Me assustou como está esse final de feira, é um balcão de negócios, onde as nossas empresas estatais estratégicas estão como aquelas bandejas de frutas que leva 5 por R$10,00. É o que estão fazendo com o nosso país”, disse.

Ao representar o Movimento de Artistas de Teatro do Rio, Gustavo Guenzburger relembrou a importância da cultura para o crescimento e desenvolvimento de um país, “economia, ecologia, sociedade, tudo isso gira em torno da cultura. É em torno da cultura que esses campos e atividades humanas se organizam”.

Também participaram Deyvid Bacelar (FUP), Milton Pinheiro (ANDES-SN), Elenira Vilela (SINASEFE), Marcus Vinicius Davis (ANDIFES), Claudio Alex Jorge da Rocha (CONIF), Caio Sad Barbosa (FENET), Luiz Henrique Fonseca Ramos (UNE), Mauro Martineli Pereira e Elisa Oliveira Alves (CNE), Libia Dantas Bellusci (FNE), Shirley Morales (FNE) e Jorge Henrique (SINDIENFERMEIRO).

A íntegra da audiência pública, em áudio e vídeo, está disponível na página da CLP no site da Câmara dos Deputados.

Isabela Ávila - Assessoria da CLP