22/11/2012 - Presidente do Banco Central - CMO
Audiência pública realizada em 22/11/2011 - conjunta das Comissões: CAE-SF, CDEIC, CFFC, CFT, CMA-SF e CMO.
Destinada a apresentar a avaliação do cumprimento dos objetivos e metas das políticas monetária, creditícia e cambial, evidenciando o impacto e o custo fiscal de suas operações e os resultados demonstrados nos balanços – referente ao primeiro semestre do exercício de 2012, em atendimento ao disposto no art. 9º, § 5º da Lei de Responsabilidade Fiscal.:
Participante: Dr. Alexandre Antonio Tombini, presidente do Banco Central do Brasil.
Foto: Alexandre Martins - Banco de Imagens da Câmara dos Deputados
Resumo (com informações do Jornal da Câmara de 23/11/2012)
O presidente do Bacen disse que a possibilidade de ocorrência de um “evento extremo” no cenário internacional diminuiu, mas que o crescimento econômico mundial continua baixo. Segundo o presidente do Bacen, os problemas financeiros ocasionados pela crise internacional, que já dura cinco anos, vêm sendo substituídos por uma preocupação maior com a situação fiscal dos países. Ele observou que, nas primeiras conversas pós-eleições nos Estados Unidos, “houve um sentimento de perspectivas favoráveis de evolução” e os mercados refletiram isso. Também reiterou que é esperado crescimento negativo para este ano na União Europeia (EU), mas que o mercado já projeta uma contração menor para 2013. Para o Brasil, Alexandre Tombini destacou o crescimento anualizado de 4,7%, que ocorreu no país no terceiro trimestre deste ano, e projetou, a partir de previsões do mercado financeiro, a manutenção de alta em torno de 4% para o ano de 2013.
Apesar do provável não-cumprimento da meta fiscal deste ano, Alexandre lembrou que a dívida pública do Brasil vem caindo em proporção ao PIB, chegando hoje a 58,5%. Acrescentou que a situação do país é confortável, considerando o cenário de crise internacional. O vice-líder do Governo na Comissão Mista de Orçamento, deputado Claudio Puty (PT-PA), disse que o Brasil tem condições de enfrentar a continuidade da crise e, quanto à situação interna, reconheceu que há desafios, mas salientou que o Brasil, comparado com o resto do mundo, tem tomado as medidas necessárias.
Em relação à inflação, o presidente do Bacen explicou que a meta foi mais impactada pelos preços dos produtos agrícolas no início do ano, mas que esses valores, no atacado, já apresentam queda desde outubro. No acumulado do ano, os preços dos alimentos subiram mais de 10%.