9/12/2014 - Caças Gripen e mísseis Harpoon
Audiência pública realizada em 09/12/14 - conjunta com a Comissão de Relações exteriores e de Defesa Nacional - CREDN.
LOCAL: Anexo II, Plenário 01
HORÁRIO: 14h30
Destinada a esclarecer aspectos relacionados à assinatura do contrato para o desenvolvimento e a produção de 36 caças Gripen GNG, fabricados pela companhia sueca SAAB; e esclarecer as condições em que se processou a compra dos mísseis "Harpoon", dos Estados Unidos.
Requerimentos nº 726/14-CFFC, do deputado Vanderlei Macris, aprovado em 12/11/2014 ; nº439/14-CREDN, dos deputados Antonio Carlos Mendes Thame e Emanuel Feranndes; nº 458/14-CREDN, do deputado Rubens Bueno; e 460/14-CREDN, dos deputados Duarte Nogueira e Eduardo Barbosa.
Participantes convidados: Celso Amorim, Ministro de Estado da Defesa; Tenente-Brigadeiro-do-Ar Junitti Saito , Comandante da Força Aérea Brasileira; e Brigadeiro-do-Ar José Augusto Crepaldi Affonso, Presidente da Comissão Coordenadora do Programa Aeronave de Combate (COPAC).
Foto: Antonio Araújo - Banco de Imagens da Câmara dos Deputados.
Resumo:
O Ministro da Defesa defendeu a aquisição pelo Brasil de 36 aviões de caça Gripen, de fabricação sueca, pelo preço acima do que constava na proposta inicial, argumentando que os valores foram atualizados porque as propostas eram antigas e a própria Força Aérea Brasileira (FAB) requisitou adaptações no projeto. Segundo Celso Amorim, “os valores da proposta eram de 2009, e o contrato só foi assinado em 2014”.
O Ministro afirmou que o Brasil deve receber o primeiro avião em 2019 e que, até 2025, terá seu esquadrão completo. Destacou também a importância da parceria para o desenvolvimento da indústria nacional, esclarecendo que, do total de 36 caças, 13 serão construídos na Suécia com supervisão de engenheiros brasileiros; oito aviões serão construídos por brasileiros com supervisão sueca; e os restantes 15 caças serão construídos no Brasil. Celso Amorim informou ainda que mais de 100 engenheiros brasileiros participam do projeto e garantiu que não haverá “caixa-preta” em relação ao projeto com o Brasil e à transferência tecnológica.
Autor do Requerimento na CFFC, o deputado Vanderlei Macris questionou se este
seria o momento adequado para fazer uma compra desse porte, diante das dificuldades econômicas por que passa o país, e considerou que o aumento dos custos na aquisição dos caças ficou sem uma explicação adequada, apesar da tentativa de explicação, por parte do governo, de que isso se deveu às alterações no projeto.