20/11/2013- Espionagem do governo brasileiro a diplomatas estrangeiros e outros temas realtivos a atuação da Abin e do GSI
Audiência pública realizada em 20/11/2013 - conjunta com a Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional (CREDN), a Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado (CSPCCO) e a Comissão Mista de Controle das Atividades de Inteligência do Congresso Nacional (CCAI):
Destinada a prestar esclarecimentos a respeito da atuação do servidor da Abin nº 008997, em 2012, à época ocupante do cargo de subchefe da Agência em Foz do Iguaçu-PR; sobre a suposta "espionagem realizada pelo governo brasileiro a diplomatas estrangeiros"; e quanto à atuação do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República relativamente às atividades de inteligência e de segurança da informação.
Requerimentos: nº 546/13-CFFC, do deputado Mendonça Filho, aprovado na Comissão em 6/11/2013; nº 366/13-CREDN, do deputado Nelson Pellegrino; nº 367/13-CREDN, da deputada Perpétua Almeida; nº 368/13-CREDN, dos deputados Mendonça Filho e Claudio Cajado; nºs 369 e 370/13-CREDN, do deputado Rubens Bueno; nº 282/13-CSPCCO dos deputados Alexandre Leite e Delegado Protógenes; e nº 08/13-CCAI, do deputado Nelson Pellegrino e do senador Ricardo Ferraço.
Ata a cargo da CCAI
Participantes: José Elito Carvalho Siqueira, ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República; Wilson Roberto Trezza, diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin); e Raphael Mandarino Junior, chefe do Departamento de Segurança da Informação e Comunicações do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República.
Foto: Antonio Jacinto Ínidio
Resumo:
O ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSI), general José Elito Siqueira, e o diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (ABIN), Wilson Roberto Trezza, negaram a existência de um agente duplo a serviço dos Estados Unidos dentro da Abin e de irregularidades em operações de contrainteligência por parte daquele órgão.
Sobre as denúncias de que um agente da Abin teria sido premiado com a aposentadoria após reunir-se com um agente de inteligência norte-americano, o diretor-geral da Abin esclareceu que foi apenas um encontro, o agente da Abin não entregou nem recebeu nada e foi exonerado do cargo de superintendente em Manaus por uma questão administrativa. Trezza explicou ainda que o agente já não servia em Foz do Iguaçu e que, estando em Manaus, não tinha como acessar dados e informações de outra superintendência da Agência.
O presidente da CCAI, Nelson Pellegrino lamentou o vazamento das informações, algumas com fatos ocorridos há dez anos, e as tentativas de vincular as denúncias publicadas pelos jornais Folha de São Paulo e O Estado de São Paulo, com as operações de espionagem realizadas pela NSA dos Estados Unidos contra o Brasil. Pelegrino salientou que, conforme esclareceram os convidados, o Brasil não montou nem realizou operações de espionagem no exterior e que as operações de contrainteligência no Brasil foram realizadas de acordo com a legislação e contra alvos que poderiam colocar a segurança nacional em risco.