Sugerida CPI para investigar confederações esportivas.
Além desses tópicos também incrementaram o debate as sugestões de fortalecimento de marketing na área comercial, revisão do modelo de governança e definição de critérios técnicos para divisão de recursos entre as modalidades esportivas que compõem a CBDA, a saber Natação, Saltos Ornamentais, Nado Sincronizado, Polo Aquático e Maratonas Aquáticas. Fundada em 1978, a Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos é uma entidade oficial que regulamenta os desportos aquáticos no Brasil. É vinculada ao Comitê Olímpico Brasileiro.
Patrocinador oficial da CBDA, a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, foi representada por seu presidente ,Guilherme Campos, que discorreu sobre as dificuldades que a empresa vem passando o que levou a diminuição do valor do patrocínio aos esportes aquáticos brasileiros. Campos disse que o patrocínio à CBDA já dura mais de 20 anos e não pretende suspender o repasse de recursos alertando, no entanto, que a crise financeira dos Correios levará a um corte profundo nas verbas da Confederação que passará de R$ 24,4 milhões no ano passado para R$ 5,7 milhões este ano.
A sugestão de uma Comissão Parlamentar de Inquérito, CPI foi defendida pelo deputado Arnaldo Jordy (PPS-PA) e pelos deputados Evandro Roman (PSD-PR) e Raquel Muniz (PSD-MG).
Ao propor a CPI, Jordy citou que há outras investigações em curso no TCU que apontam para irregularidades em pelo menos outras seis confederações esportivas do País. "A CBDA não é um fato isolado", comentou.
Arnaldo Jordy leu trechos da decisão judicial que determinou a prisão de Coaracy Nunes por desvio de recursos públicos e fraude em licitações, citando que a sentença traz mais de uma dezena de acusações do Ministério Público Federal.
Por sua vez, o secretário de controle externo do Tribunal de Contas da União (TCU), Ismar Cruz, que também participou do debate, disse que das 42 licitações realizadas entre 2013 e 2015 pela CDBA, 37 foram vencidas pela mesma empresa o que leva a crer que há suspeita de fraudes.
Gustavo Licks, interventor da CBDA, garantiu que não permitirá que os atletas sejam prejudicados.
O secretário nacional de Alto Rendimento do Ministério do Esporte, Luiz Lima, em vídeo apresentado no Plenário da Comissão, disse que a mudança deve começar com uma maior participação dos atletas na tomada de decisões. Para ele, o atleta tem que participar da gestão e das decisões sobre o futuro da Confederação.