Sessão solene homenageia atletas brasileiros do Pan e do Parapan
Presidida pelo deputado João Derly (PCdoB/RS), a sessão teve a presença do ministro do Esporte, George Hilton, do presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), Andrew Parsons, e do presidente da Confederação Brasileira de Judô, Paulo Wanderley, que representou o Comitê Olímpico do Brasil (COB).
“O Pan e Parapan de Toronto foram demonstrações claras dos recursos que têm sido investidos nos últimos anos em estrutura e preparação dos atletas. Mais de noventa por cento dos atletas que competiram recebem bolsas do Ministério do Esporte, o que demonstra que, quando há investimentos organizados, é possível fazer do nosso país uma potência esportiva”, disse o ministro do Esporte, George Hilton.
O ministro lembrou que a disseminação da atividade esportiva é um dos principais legados que serão deixados pelos investimentos feitos pelo Ministério do Esporte. “Nos últimos dez anos, foram investidos mais de R$ 4 bilhões para entregar centros de formação olímpicos e paralímpicos. Estamos preparando o país para receber centros de iniciação esportiva, entregaremos pistas de atletismo, tudo isso para que o Brasil tenha um legado esportivo. Toda essa estrutura que está sendo entregue vai compor a Rede Nacional de Treinamento”, explicou.
O objetivo da Rede é interligar as instalações esportivas e oferecer espaços para detecção de novos talentos, formação de categorias de base, com foco em modalidades olímpicas e paralímpicas. A estrutura também vai permitir aprimorar o intercâmbio entre técnicos, árbitros, gestores e outros profissionais do esporte.
O exemplo dado pelos atletas de alto rendimento em competições internacionais como o Pan e o Parapan também fortalece esse legado de iniciação e prática desportiva, na opinião do ministro. “Por mais que o governo invista, nós sabemos que o brilho e a capacidade de superação é algo inegável dentro dos atletas. Cada centavo que tem sido investido tem trazido retornos significativos. Talvez o maior deles seja o legado imaterial, que é saber que crianças, através do desempenho desses atletas, vão querer praticar esporte”, completou George Hilton.
Técnico da Seleção Brasileira de judô no início dos anos 1990 e hoje presidente da confederação brasileira da modalidade, Paulo Wanderley acompanhou o crescimento do suporte dado pelo governo ao esporte no Brasil. “Eu sou testemunha da evolução do esporte brasileiro não só no aspecto de resultados, mas no aspecto de suporte e aporte de recursos. No início dos anos 90, o resultado dos nossos atletas estava muito mais condicionado ao talento de cada um do que às questões de apoio e suporte. Então eu posso falar com propriedade que hoje realmente o esporte brasileiro tem apoio do governo, através de seus vários programas, de convênios, do Bolsa-Atleta e Bolsa Pódio, do Plano Brasil Medalhas”, enumerou.
O discurso de Wanderley reiterou o pronunciamento de abertura da sessão proferido pelo deputado João Derly. “Fui medalhista em 2007 e vejo a evolução do esporte brasileiro. Muitas vezes tivemos que fazer rifas, galetos, eu vendia pizza para poder me manter no esporte. E hoje vemos que temos as condições de dar aos nossos atletas locais adequados, material próprio e de qualidade, condições para viajar, competir, de ter um fisioterapeuta, médico, nutricionista em sua equipe. Isso me enche de orgulho e felicidade de saber que temos lutado agora do outro lado do balcão para que a gente consiga desenvolver o desporto brasileiro”, disse.
Atletas
Também estiveram presentes na sessão solene, representando os atletas que participaram do Pan e do Parapan de Toronto, os judocas Tiago Camilo e David Moura, o patinador Marcel Sturmer, além de Natália Mayara, do tênis em cadeira de rodas; Iranildo Espíndola, do tênis de mesa paralímpico; Ariosvaldo Silva, o Parré, do atletismo paralímpico; e Luciano Resende, do tiro com arco paralímpico.
Iranildo pediu a palavra para agradecer o incentivo e apoio dados pelos poderes executivo e legislativo. “Eu, em particular, estou no processo desde o começo, já passei por situações de ter até que abandonar a carreira por falta de incentivo. Então só temos que agradecer mesmo. Eu tenho quase 20 anos de Seleção Brasileira e digo que no Rio 2016 a gente vai fazer o possível, colocar o coração na ponta da chuteira, da raquete, da flecha, junto com a cadeira de rodas, para conseguir o maior número de medalhas possível”, declarou.
Os judocas Tiago e David se disseram honrados com a homenagem feita pela Câmara. “Quando nós competimos, nós representamos todos os brasileiros, então é uma honra e mais do que merecida essa homenagem para todos os atleta que tanto lutam e batalham por seus sonhos. O esporte, especificamente o judô, vem melhorando bastante o investimento, a estrutura, espero que não acabe depois dos Jogos Olímpicios, que seja um legado de estrutura e oportunidades para os atletas”, disse Tiago. “Nós estamos tendo todo o apoio, incentivo e investimento para trazer o melhor resultado que a gente possa sonhar nas Olimpíadas e eu estou bem confiante de que a gente vai trazer um resultado histórico para o Brasil”, completou David.
O Brasil ficou em terceiro lugar no quadro de medalhas dos Jogos Pan-Americanos, atrás de Estados Unidos, com 265 medalhas (103 ouros, 81 pratas e 81 bronzes), e Canadá, com 217 (78 ouros, 69 pratas e 70 bronzes). A delegação brasileira faturou 141 medalhas, com 41 ouros, 40 pratas e 60 bronzes. No Parapan, o Brasil conseguiu a campanha mais vitoriosa da história. Foram 257 medalhas conquistadas pela delegação nacional, com 109 ouros, 74 pratas e 74 bronzes.
Texto: Ascom/ Min. do Esporte