Legado dos parques olímpicos de Barcelona e Londres servirão de referência para o Rio de Janeiro

Após retornarem de Barcelona e Londres, onde visitaram, entre 12 e 19 de setem­bro, as estruturas dos Jogos Olímpicos realizados nas cidades em 1992 e 2012, res­­pec­­tiva­men­te, os deputa­dos Hiran Gonçal­ves (PMN/RR) e Fábio Mitidieri (PSD/SE) fize­ram um relato do legado deixado pelos eventos, tanto pelo ponto de vista do turismo quanto pela contribuição para o desenvolvimento dos locais onde foram instalados. Além disso, trouxeram sugestões para que o Comitê Organizador das Olimpíadas do Rio de Janeiro em 2016 obtenham o melhor resultado do legado para o Brasil.
06/10/2015 16h20

Legado dos parques olímpicos de Barcelona e Londres servirão de referência para o Rio de Janeiro

Deputados Fábio Mitidieri (esq.) e Hiran Gonçalves visitam o Centro Aquático de Londres

“A prefeitura do Rio precisa montar uma estrutura executiva, como uma funda­ção, para gerenciar tudo que está sendo construído”, ponderou o deputado Hiran Gon­çal­ves. Ele explicou que, caso o comitê organizador não tenha essa estrutura para apro­vei­tar o momento e obter divisas para o município, “a tendência é que não se utilize tudo que for construído”. O parlamentar disse que essa fundação ficaria respon­sável por viabilizar as parcerias público-privadas para que o legado rever­ta-se em benefício da comunidade, “tendo em mente que o retorno pode ser a longo prazo”.

“Vamos transferir as experiências trazidas de Barcelona e Londres para contri­buir com o trabalho que vai ser feito no período pós-Olimpíada, que é tão importante quanto as próprias Olimpíadas, pois vai se reverter em benefício do município, do estado e do país”, projetou o deputado Hiran Gonçalves. Ele citou as parcerias feitas pelo comitê gestor do parque olímpico de Barcelona com outros países e a integração do transporte público projetada em Londres como exemplos a serem seguidos pelo Brasil.

De acordo com o deputado Fábio Mitidieri, o objetivo da viagem foi atingido na medida em que os pontos positivos do legado deixado pelas Olim­pía­das, tanto em Barcelona, como as obras que se integraram à cidade e o impulso do turismo, quanto Londres, que projeta sustentabilidade e retorno financeiro para seu parque olímpico nos próximos anos, foram assimilados e, agora, serão comparti­lhados. “O Rio tem que ter como tratar o seu legado, mantendo a estrutura criada de modo que os inves­timentos passem a ser autossuten­táveis após as Olimpíadas para que a sociedade seja beneficiada, use os equipamentos e não continue pagando”, disse. Ele explicou que “o legado da infraes­trutura é importante, mas tem o legado esportivo, que tem que ter uma manutenção para que não se torne ocioso e nem oneroso para a cidade e para o estado”.