Legado dos parques olímpicos de Barcelona e Londres servirão de referência para o Rio de Janeiro
“A prefeitura do Rio precisa montar uma estrutura executiva, como uma fundação, para gerenciar tudo que está sendo construído”, ponderou o deputado Hiran Gonçalves. Ele explicou que, caso o comitê organizador não tenha essa estrutura para aproveitar o momento e obter divisas para o município, “a tendência é que não se utilize tudo que for construído”. O parlamentar disse que essa fundação ficaria responsável por viabilizar as parcerias público-privadas para que o legado reverta-se em benefício da comunidade, “tendo em mente que o retorno pode ser a longo prazo”.
“Vamos transferir as experiências trazidas de Barcelona e Londres para contribuir com o trabalho que vai ser feito no período pós-Olimpíada, que é tão importante quanto as próprias Olimpíadas, pois vai se reverter em benefício do município, do estado e do país”, projetou o deputado Hiran Gonçalves. Ele citou as parcerias feitas pelo comitê gestor do parque olímpico de Barcelona com outros países e a integração do transporte público projetada em Londres como exemplos a serem seguidos pelo Brasil.
De acordo com o deputado Fábio Mitidieri, o objetivo da viagem foi atingido na medida em que os pontos positivos do legado deixado pelas Olimpíadas, tanto em Barcelona, como as obras que se integraram à cidade e o impulso do turismo, quanto Londres, que projeta sustentabilidade e retorno financeiro para seu parque olímpico nos próximos anos, foram assimilados e, agora, serão compartilhados. “O Rio tem que ter como tratar o seu legado, mantendo a estrutura criada de modo que os investimentos passem a ser autossutentáveis após as Olimpíadas para que a sociedade seja beneficiada, use os equipamentos e não continue pagando”, disse. Ele explicou que “o legado da infraestrutura é importante, mas tem o legado esportivo, que tem que ter uma manutenção para que não se torne ocioso e nem oneroso para a cidade e para o estado”.