Gestores brasileiros negam problemas em preparativos para Olimpíadas de 2016

A discussão foi sobre o andamento das obras e infraestrutura de treinamento dos atletas para a Olimpíadas de 2016
03/06/2014 20h30

Apesar das duras críticas de membros do Comitê Olímpico Internacional (COI) aos preparativos para as Olimpíadas de 2016, no Rio de Janeiro, gestores brasileiros afirmam que está tudo em dia.

Uma audiência promovida pela Comissão do Esporte da Câmara dos Deputados discutiu, nesta terça-feira (3), a que passos andam as obras, a infraestrutura dos centros de treinamento e a preparação dos atletas.

O general Fernando Azevedo, presidente da Autoridade Pública Olímpica (APO), disse que os complexos mais importantes para a realização das Olimpíadas e Paralimpíadas do Rio estão encaminhados. “O parque olímpico da Barra está dentro do cronograma normal, a vila dos atletas também está adiantada. O que faltava era o complexo esportivo de Deodoro, que, estamos com um prazo exíguo, mas felizmente demos o passo mais importante com a conclusão da licitação de todas as áreas, em dia 29 de maio", explicou.

No começo do ano passado, o ginasta Arthur Zanetti, medalha de ouro nos Jogos de Londres 2012, reclamou da estrutura ruim dos locais para treino. De acordo com o superintendente-executivo de esportes do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Marcus Vinicius Freire, os motivos de descontentamento já foram resolvidos e não há mais problemas com relação à preparação dos esportistas.

"Tenho certeza de que está tudo dentro do cronograma quando a gente trata de atletas, que é o meu papel. Não converso sobre obras, pois não faço parte do comitê organizador. O Brasil merece, está fazendo por onde e está tudo em dia na preparação dos atletas", declarou Freire.

Falta informação

Vice-presidente da Comissão do Esporte, o deputado Afonso Hamm (PP-RS) acredita que a população tem pouca informação a respeito dos preparativos para a competição, das providências tomadas e isso gera mal-entendidos.

"Houve uma crítica do COI de que as obras não estariam no cronograma. E o que foi visto aqui é que elas estão no limite, mas ainda estão dentro de uma agenda viável. Foram feitos investimentos; as licitações demoram”, comentou.

Hamm salientou que é dever da Câmara continuar acompanhando e fiscalizando o andamento das obras.

O debate foi solicitado pelo deputado Valadares Filho (PSB-SE).