Esportes da mente são debatidos em audiência pública da CESPO

A atual situação e as perspectivas dos esportes da mente foram debatidas em audiência pública promovida pela Comissão do Esporte da Câmara dos Deputados (CESPO), na última terça-feira (04). A proposta do debate é de autoria da deputada Professora Dorinha Seabra Rezende, autora do Projeto de Lei nº 6.210/16 que propõe o reconhecimento aos esportes da mente como modalidade esportiva no Brasil.
05/10/2016 18h46

Alex Ferreira / Câmara dos Deputados

Esportes da mente são debatidos em audiência pública da CESPO

Audiência pública debate as perspectivas dos esportes da mente no Brasil.

De acordo com a deputada Professora Dorinha, os esportes da mente, entre eles xadrez, gamão, cubo mágico, jogos eletrônicos, truco, pôquer e bilhar, transformaram-se em importante ferramenta social e pedagógica, contribuindo para o desenvolvimento do indivíduo e a melhoria da sociedade. “Esperamos apoio, pois os esportes da mente são benéficos por propiciarem estímulo da memória, o aprimoramento da capacidade de concentração e da velocidade de raciocínio, dentre outros aspectos”, explicou.

O secretário nacional de Esporte Alto Rendimento do Ministério do Esporte, Luiz Lima, declarou total apoio do ministério ao projeto da deputada Dorinha. E declarou que o esporte não se limita apenas a parte física. “O virtual e o físico se unirão cada vez mais. O intelecto também é importante em vários sentidos, mesmo para os atletas de alto rendimento” disse o secretário.

Luciano Allegretti Mercadante, professor coordenador do Curso de Ciências do Esporte da Faculdade de Ciências Aplicadas da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), apresentou à Comissão o trabalho que a UNICAMP desenvolve no curso alinhando à tendência mundial de enfatizar o esporte como centro de esforços de várias ciências, vinculando com à área da saúde. “Nós entendemos o esporte no sentido abrangente e plural que se expressa na motricidade intencional do ser humano”, explica o professor.

Mario Abbud Franco Lapin, Diretor de Games para Aprendizagem, Impacto Social e Saúde da Associação Brasileira dos Desenvolvedores de Jogos Digitais – (ABRAGAMES) alertou que 95% do consumo de games no Brasil, são importados do exterior. “A gente pensa em esportes da mente estamos falando basicamente de consumo de cultura internacional. Eu faço um apelo para que se busque os meios para que nossa indústria seja a provedora desses esportes”, disse Mario.

Representantes de federações, atletas e integrantes da sociedade civil discutiram o tema e pediram apoio ao Ministério do Esporte. Também participaram como palestrantes Ângelo de Bortoli Filho, coordenador da Secretaria de Alto Rendimento do Ministério do Esporte; Robson Aguiar, vice-presidente da Confederação Brasileira do Desporto Escolar (CBDE); Luciano Atayde Costa Cabral, Presidente da Confederação Brasileira do Desporto Universitário (CBDU); Darcy Gustavo Machado Vieira Lima, Presidente da Associação Brasileira de Esportes Intelectuais (ABRESPI).

 

Com informações do Ministério do Esporte