Comissão do Esporte discute o Futebol Social no Brasil
Wagner Ulisses
Presidente da Comissão do Esporte, deputado Ezequiel Teixeira, e os convidados do Futebol Social.
Para difundir e fortalecer o Futebol Social em todo o país, o presidente da Comissão do Esporte (CESPO), Ezequiel Teixeira (Podemos/RJ), promoveu nesta quarta-feira (13) audiência pública na Câmara dos Deputados. O importante movimento que atua em regiões consideradas socialmente excluídas quer fomentar o esporte para que esse seja também um caminho na formação de cidadãos, buscando o resgaste da dignidade de jovens em situação de vulnerabilidade.
"Temos que promover debates com a sociedade e o poder público para encontrar ferramentas de políticas públicas que incentivem o esporte como forma de inclusão social. Esses jovens que vivem em situação precária buscam no Futebol Social uma forma de serem valorizados na sociedade,” observou Ezequiel Teixeira.
Ainda de acordo com o deputado, o Futebol Social proporciona experiências únicas a jovens que tem no esporte a chance de conhecer outras realidades e viver momentos de lazer e entretenimento para vencer a luta contra a pobreza e a violência cotidiana. “Sabemos que o esporte tem o poder transformador para a diminuição da desigualdade social e valorização do ser humano", frisou.
Foi o que relatou um dos atletas presentes, Mikael Batista. O jovem falou sobre as experiências de vida que tem ganhado com o esporte e destacou a conquista do tricampeonato mundial pela Seleção Brasileira de Futebol Social neste ano em Oslo, na Noruega. “Sou honrado e grato por tudo. Nunca vou me esquecer, quero eternizar a oportunidade de ter conseguido trazer para o nosso país o troféu de tricampeão mundial e mais uma estrela para a camisa do Futebol Social,” comemorou.
Já o presidente do Futebol Social, Guilherme Araújo, destacou o importante papel social do movimento, que vai além de formar atletas profissionais, inserindo jovens buscando uma vida mais digna. “O Futebol Social atua num contexto traumático nas comunidades e tem toda relação com a política. O nosso apelo aqui é para que os senhores atuem com muita responsabilidade e que esse momento que estamos atravessando na política traga uma nova luz, que o bem reine. Nós estaremos juntos para que o esporte seja um dos fatores que tragam esperanças para o Brasil,” apelou.
O senador Cristovam Buarque (PPS/DF) também prestigiou a audiência pública e falou da alegria em fazer parte da fomentação do Futebol Social no Brasil. “Estarei sempre à disposição para ajudar. Quero agradecer pela chance que me deram de participar desse esforço formidável, que é o Futebol Social” disse.
O presidente da Comissão do Esporte, Ezequiel Teixeira, ainda destacou os resultados do Futebol Social na formação das seleções brasileiras masculina e feminina, que jogam o Campeonato Mundial de Futebol Social (Homeless World Cup) e outros eventos internacionais. “É extremamente importante abrir espaços para projetos como esse, que realçam não apenas o aspecto esportivo, mas também o lado social," finalizou Teixeira.
O Futebol Social
No Futebol Social a dinâmica dos jogos é outra, diferente do futebol convencional. Entre outras regras, são apenas quatro jogadores em campo: três na linha, um no gol, além de quatro reservas. A quadra é pequena, tem apenas 22 metros de comprimento e 16 de largura. O ritmo de jogo é bem rápido: são dois tempos de sete minutos, com intervalo de um minuto. O Fair Play (jogo limpo) é incentivado com troféu exclusivo. O cartão azul é destinado para o jogador que comete alguma penalidade e fica fora por dois minutos. Já o cartão vermelho é destinado aos atletas que cometerem faltas graves. Já a exclusão se destina aos que praticarem jogo sujo e comportamento inaceitável com relação ao árbitro, à torcida e a outros jogadores.
Por: Tatiana Soares