CESPO debate rumos para profissionalização do futebol feminino
Jordana Ribas
Segundo Michael Jackson, os primeiros passos já estão sendo dados, como a construção do Centro de Excelência em Foz do Iguaçu (PR)
“Defendi o futebol feminino por 30 anos. Quando parei de jogar, não tive aposentadoria. Com meu trabalho, jogando fora do país, consegui minha independência financeira, mas muitas se perdem pelo caminho e isso não é justo para um país do futebol”, discursou Michael Jackson.
Durante a audiência, técnicos e dirigentes da modalidade concordaram que o caminho para valorizar o esporte é investindo na base. “O dom precisa ser estimulado. Se a escola não tem educação física, como vamos fazer? A Islândia tem futebol feminino, temos até uma atleta jogando lá. Vi nas escolas do Canadá meninas jogando futebol o tempo todo. Temos que estimular a modalidade na essência, no nascedouro”, comentou Marco Aurélio Cunha, coordenador do futebol feminino na Confederação Brasileira de Futebol (CBF).
Segundo Michael Jackson, os primeiros passos já estão sendo dados, como a construção do Centro de Excelência em Foz do Iguaçu (PR). “Já saímos da estaca zero. Hoje já temos uma competição sub 17 escolar, uma adulta universitária e este ano vamos ter também uma de futsal”, citou a coordenadora.
Capitã da seleção brasileira, a jogadora Bruna Benites também participou da audiência e destacou o fato de a luta pela profissionalização do futebol feminino ter chegado à Câmara. “Estou muito feliz, pois até então o esforço sempre foi individual, por parte de atletas e dirigentes que vivem o dia a dia e lutam por seus clubes. Hoje pude ver que nosso esforço está se transformando em algo coletivo”, afirmou a atleta, que se recupera de lesão no joelho.
Texto: Ascom/Min. do Esporte