Comissão discute a valorização dos profissionais de educação física
Jordana Ribas
Iguatemy Maria de Lucena, deputado Evandro Roman, Jorge Steinhilber e Cristina Queiroz Mazzini (composição da mesa da esq. p/ dir.)
O deputado Evandro Roman, autor do requerimento que propôs o debate, aponta que a Educação Física, profissão de relevante interesse social, finalmente vêm sendo alvo de pesquisas que mensuram a influência socioeconômica e fornecem dados para regulação de setores. “Discutir a formação de mão de obra e atuação desses profissionais complementa o diagnóstico inicial para que venhamos construir juntos o plano nacional do desporto”, defendeu o deputado.
O presidente do CONFEF, Jorge Steinhilber, falou sobre a ausência da política nacional do esporte e aproveitou para parabenizar o trabalho que está sendo construído pela Subcomissão do Plano Nacional do Desporto. Jorge acredita que o profissional de educação física deve ser inserido na área da saúde a fim de promover vários benefícios à sociedade, colaborando na minimização de problemas com obesidade e sedentarismo.
A vice-presidente do CONFEF, Iguatemy Maria de Lucena Martins, apresentou um panorama da atual realidade da Educação Física no Brasil. O número de cursos de graduação na área aumentou em mais de 100% no período de 2012-2015, e todos os estados brasileiros oferecem o curso. Porém Iguatemy manifestou uma importante preocupação com a qualidade desses cursos e a crescente oferta de curso superior de Educação Física à distância. “O conselho é contra o ensino à distância para nível de graduação: não se aprendem técnicas de natação em modo virtual”, disse.
O deputado João Derly, ex-judoca brasileiro, comentou a migração da licenciatura para o bacharelado em Educação Física. Iguatemy considera esses dados como um quadro pouco favorável para o país, mas o Conselho Federal vem atuando para reparar as distorções da ausência da atividade física como disciplina curricular nas escolas públicas.
A presidente do Conselho Regional de Educação Física do Distrito Federal, Cristina Queiroz Mazzini, falou sobre o papel fiscalizador que a instituição desenvolve junto com a vigilância sanitária nas academias do estado. De acordo com Cristina, 32% da população do DF frequenta academia.
O CONFEF apontou como pontos relevantes na elaboração do Plano Nacional do Desporto o reconhecimento da necessidade de formação, garantia de espaços de intervenção, valorização das competências profissionais e responsabilidade para com a população.