Comissão debate a proibição da utilização de quadras esportivas com piso de madeira
Jordana Ribas
Vice-presidente de Desenvolvimento Esportivo da Federação Paraense de Futebol de Salão, Carlos Zaremba.
Participaram do debate o vice-presidente de desenvolvimento esportivo da Federação Paraense de Futebol de Salão, Carlos Maurício Zaremba, e o representante da empresa Pisossul Engenharia Esportiva, João Arlei Eckert Júnior.
De acordo com o deputado Goulart, o projeto é de extrema importância, pois em 2010 foi registrado um acidente grave em uma partida de futsal em Guarapuava/PR, e causou a morte de um jovem em uma competição de futebol de salão. “O jovem se machucou ao dar um carrinho na quadra e um pedaço de madeira teria se soltado do piso e o ferido, a madeira teria entrado transversalmente pela coxa e atingido o intestino do atleta, causando hemorragia interna”, conta o deputado.
Atualmente a Federação Paraense de Futebol de Salão utiliza aproximadamente 60 ginásios, sendo 21 com piso de madeira (oito particulares e 13 públicos). “Após o acidente de 2010, muitos clubes e prefeituras do estado do Paraná substituíram o piso de madeira por outro material. Os ginásios que continuaram com o piso de madeira procuraram conservar o piso da melhor forma possível para que não ocorresse o mesmo problema novamente”, disse Carlos Maurício.
João Arlei Eckert Júnior afirmou que antes de proibir a utilização do piso de madeira ele aponta que previamente deve-se analisar bem o caso para partir para uma normatização, “pois hoje, no Brasil, não temos uma norma que rege o piso esportivo”, declarou.
Desde 1998 a Pisossul Engenharia Esportiva vem adaptando seu sistema construtivo nas quadras construídas à Norma Din, uma normatização Europeia, com cumprimento de madeira, largura, secagem, espessura, sistema de amortecimento.
O deputado Evandro Roman afirmou que a busca principal deve ser focada na regulamentação. “Assim vetaremos o uso de certos tipos de madeira que não possam se adequar às normas de segurança”, disse.